tranquilamente.
— Quem era ele?
Keller bebeu o vinho sem responder e perguntou a Gabriel por onde
ele tinha andado. Quando Gabriel respondeu que fora encontrar a
signadora, Keller sorriu.
— Nós ainda vamos transformá-lo em corso.
— Não foi ideia minha — explicou Gabriel.
— O que ela queria lhe dizer?
— Não foi nada. Apenas o abracadabra de costume sobre o vento nos
salgueiros.
— Então por que você está tão pálido?
A única resposta de Gabriel foi colocar a arma de Keller
cuidadosamente sobre o balcão.
— Pelo que ouvi — disse Keller você vai precisar disso aí.
— O que você ouviu?
— Que você vai partir em uma jornada de caça.
— Você está disposto a me ajudar?
— Francamente — falou Keller, erguendo o copo para a luz —, eu já
estava esperando por você há muito tempo.
— Eu tinha que terminar uma pintura.
— De quem?
— Bassano.
— Do estúdio de Bassano, ou de Bassano mesmo?
— Um pouco dos dois.
— Legal.
— Em quanto tempo você estará pronto para partir?
— Tenho que checar minha agenda, mas suspeito que estarei pronto
amanhã, logo pela manhã. Mas fique sabendo que Marselha está lotada de
policiais no momento. E metade deles estão procurando por nós.
— É por isso que não chegaremos nem perto de Marselha, pelo
menos por ora.
— Então aonde vamos?
Gabriel sorriu.
— Para casa.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1