— Você tem certeza disso, Eli? Cem por cento de certeza?
— Tenho certeza de que o sol vai nascer amanhã de manhã e que se
porá à noite. E estou razoavelmente confiante de que Mikhail sobreviverá a
um drinque com Gennady Lazarev.
— A menos que Gennady sirva ponche de polônio.
Gabriel segurou o mouse, mas Lavon deteve sua mão.
— Viemos a Copenhague para realizar esse encontro. Chegou a hora.
Gabriel pegou o telefone e discou o número do celular de Mikhail.
Ele pôde
ouvir pelos alto-falantes do notebook, assim como o som da voz do
russo ao atender.
— Amanhã à noite — avisou Gabriel. — Controle o local o máximo
possível. Sem surpresas.
Gabriel desligou e escutou Mikhail telefonar para Lazarev, que
atendeu prontamente.
— Fico muito feliz que tenha ligado.
— Como posso ajudá-lo, Sr. Lazarev?
— Jantando comigo amanhã à noite.
— Tenho um compromisso com Viktor.
— Invente uma desculpa.
— Onde?
— Acharei algum lugar fora da rota.
— Não pode ser muito fora da rota, Sr. Lazarev. Não posso ficar longe
por mais de uma hora.
— Que tal às sete?
— Sete está bom.
— Mandarei um carro buscá-lo.
— Estou no Hotel d'Angleterre.
— Sim, eu sei — disse Lazarev antes de desligar.
Gabriel mudou a fonte de áudio do celular de Mikhail para o
transmissor no quarto de Lazarev, no Imperial.
Os três russos riam descontroladamente. Com certeza, pensou
Gabriel, riam dele.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1