— Com certeza há mais alguma razão.
— De fato — admitiu Seymour. — Seu nome é Siddiq Hussein.
— Acho que não conheço.
— Por uma boa razão. Graças a mim, Siddiq desapareceu num
buraco negro vários anos atrás, para nunca mais ser visto.
— Quem era ele?
— Siddiq Hussein, nascido no Paquistão, era um residente de Tower
Hamlets no leste de Londres. Ele apareceu nos nossos radares depois dos
bombardeios de 2007, quando finalmente tomamos juízo e começamos a tirar
os muçulmanos radicais das ruas. Você se lembra daqueles dias — disse
Seymour com amargura.
— Os dias em que a esquerda e a mídia insistiram que deveríamos
fazer algo a respeito dos terroristas entre nós.
— Continue, Graham.
— Siddiq estava convivendo com extremistas conhecidos na grande
mesquita do leste de Londres e o número do seu celular aparecia em todos
os lugares errados. Eu dei uma cópia dos arquivos dele para a Scotland Yard,
mas o Comando de Contraterrorismo disse que não havia evidência
suficiente para agir contra ele. Então Siddiq fez algo que me deu uma
oportunidade de cuidar do problema pessoalmente.
— O que ele fez?
— Agendou um voo para o Paquistão.
— Grande erro.
— Fatal, na verdade — falou Seymour, sombrio.
— O que aconteceu?
— Nós o seguimos até Heathrow e garantimos que ele subisse em seu
avião para Karachi. Em seguida, fiz uma ligação discreta para um velho
amigo em Langley, Virgínia. Acho que você o conhece bem.
— Adrian Carter.
Seymour assentiu. Adrian Carter era o diretor do Serviço
Clandestino Nacional. Ele supervisionava a guerra global da CIA contra o
terrorismo, incluindo os programas outrora secretos para deter e interrogar
agentes de alto nível.
— A equipe de Carter observou Siddiq em Karachi por três dias —
continuou Seymour. — Então cobriram sua cabeça com um saco e o
colocaram no primeiro voo clandestino para fora do país.
— Para onde eles o levaram?
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1