A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

terminal. Wheaton e uma dúzia de oficiais diplomáticos e da Agência aguardavam-
nos. Tinham vindo de Londres de helicóptero, cortesia da Marinha Real.
─ Quem é este? ─ perguntou Wheaton, olhando para Graham, que se
esquecera do estojo da guitarra mas assemelhava-se, ainda assim, a um estudante
maduro, com as suas calças de ganga e a blusa Venice Beach.
Seymour sorriu e estendeu a mão.
─ Graham Seymour, SIS.
─ Graham quem, o quê? ─ perguntou Wheaton, incrédulo.
─ Ouviu-o bem ─ confirmou Michael. ─ É um amigo meu. Por coincidência,
encontrava-se a bordo do ferry.
─ Mentiras!
─ Bem, valeu a pena tentar, Michael ─ disse Graham.
─ Comece a falar, vamos!
─ Vá bardamerda ─ exclamou Michael, despindo a blusa e revelando duas
balas cravadas no colete. ─ Porque não voltamos para Londres e fazemos lá o
relatório?
─ sugeriu, já mais calmo.
─ Porque os franceses querem falar com você primeiro.
─ Oh, meu Deus ─ suspirou Graham. ─ Eu não posso falar com os malditos
dos franciús.
─ Bem, uma vez que acaba de chegar à jurisdição deles, creio que vai ter de
o fazer.
─ O que é que lhes vamos dizer? ─ perguntou Michael.
─ A verdade ─ respondeu Wheaton. ─ E rezar para que tenham o bom
senso de ficarem de bico calado.
Em Nova York, Elizabeth estava deitada, a dormir na sala de recobro,
quando o celular tocou suavemente. Uma enfermeira deu um passo em frente e
estava prestes a desligá-lo quando Elizabeth acordou e disse:
─ Não, espere. .-} Colocou o celular de encontro ao ouvido, de olhos
fechados, e atendeu.
─ Estou?
─ Elizabeth ─ disse a voz. ─ É a Elizabeth Osbourne? ─ Sim ─ crocitou" ela,
a voz rouca devido à anestesia.
─ Daqui fala Adrian Carter. ─ Adrian, onde é que ele está?
─ Ele está bem.'Está a regressar a Londres neste momento.
─ A regressar a Londres? Onde é que esteve?
Na linha fez-se silêncio. Elizabeth estava agora completamente desperta. ─
Raios partam, Adrian ─ exclamou ─, ele estava naquele ferry? Carter hesitou e

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