A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

proporcionar uma certa dose de vingança, mas posso dizer com bastante certeza
que não a vai tirar do mapa.
─ Qual é a sua recomendação, Ron? ─ perguntou Vandenberg.
─ Sugiro que ataquemos os sacanas com tudo o que temos. Mas o ataque
terá de ser cirúrgico. Não queremos rebentar com um prédio de apartamentos e
dar mais algumas centenas de mártires ao islamismo radical.
Vandenberg olhou para o Secretário da Defesa Allen Payne. ─ É a sua área,
Allen. Podemos fazê-lo? Payne levantou-se.
─ É claro, Senhor Presidente. Neste momento temos o cruzador Aegis
Ticonderoga a patrulhar a zona norte do Golfo Pérsico. Os mísseis de cruzeiro do
Ticonderoga podem eliminar esses campos de treino com uma precisão
devastadora. Temos imagens de satélite dos campos e os mísseis já foram
programados com essa informação. Não vão falhar.
E quanto aos campos da Síria e da Líbia? ─ indagou o Presidente.
─ John F. Kennedy e o seu grupo de combate assumiram posições no
Mediterrâneo. Vamos utilizar mísseis de cruzeiro contra a base na Síria. A Líbia é a
principal base de operações do grupo. Esse campo é o maior e o mais complexo.
Para o eliminar vai ser preciso um ataque mais intenso. Assim sendo, vamos
utilizar caças furtivos com base em Itália.
O presidente virou-se para o Secretário de Estado Martin Claridge.
─ Martin, qual o impacto de um ataque sobre a nossa política no Oriente
Médio? ─ Não é fácil de avaliar, Senhor Presidente. Com toda a certeza irá inflamar
os radicais islâmicos, e vai agitar ainda mais a situação em Gaza e na Cisjordânia.
Quanto à Síria, fará com que seja ainda mais difícil sentar Assad à mesa de
negociações, mas ele também não tem demonstrado grande pressa em alcançar a
paz. Servirá, no entanto, para enviar uma mensagem poderosa aos estados que
continuam a apoiar o terrorismo. Assim sendo, tem o meu apoio, Senhor
Presidente.
─ Quais são os riscos, cavalheiros? ─ indagou Vandenberg. William Bristol,
o Conselheiro para a Segurança Nacional, pigarreou.
─ Temos de aceitar o fato de haver o risco de o Irã, a Síria, ou a Líbia
poderem decidir ripostar.
─ Se assim for ─ interveio o Secretário da Defesa Payne ─, irão pagar muito
caro. Temos forças mais do que suficientes no Mediterrâneo e no Golfo para infligir
um golpe bastante forte a qualquer uma dessas nações. ─ Existe outra ameaça ─
acrescentou Clark, o Diretor da CIA.
─ Uma retaliação na forma de um aumento do terrorismo. Teremos de
colocar as nossas embaixadas e o nosso pessoal num estado de alerta máximo, um

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