A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

Carter e McManus atrasou-se e Elizabeth ficou retida ao telefone com um cliente.
Apressaram-se a chegar ao National Airport em carros separados, Elizabeth no
Mercedes a partir da baixa de Washington, Michael no Jaguar, tendo saído da sede
em Langley. Perderam o voo das sete horas por alguns minutos e beberam cerveja
até as oito num bar deprimente do aeroporto. Chegaram a La Guardiã pouco antes
das nove e apanharam o ônibus da Hertz para irem buscar o carro alugado. Os
ferries estavam a funcionar com o horário de Inverno, o que dava a Michael noventa
minutos para percorrer cento e cinquenta quilômetros em estradas congestionadas.
Voou para leste, ao longo da Long Island Expressway, ziguezagueando com perícia
por entre o trânsito, a cento e trinta quilômetros por hora.
─ Pelo visto, as aulas de direção defensiva que te obrigaram a fazer em
Camp Perry têm aplicação prática ─ comentou Elizabeth, com as unhas cravadas no
apoio para o braço.
─ Se quiser, posso mostrar como se salta de um carro andando sem que
ninguém perceba.
─ Para isso não precisamos da pasta especial que tem no gabinete? Como é
que se chama? Uma dança?
─ Lança ─ corrigiu-a Michael. ─ É uma lança, Elizabeth.
─ Desculpe. Como é que funciona?
─ Como aquelas caixas que têm dentro um boneco com uma mola.
Acionamos o dispositivo e sai o boneco de tamanho natural. Quando estamos
sendo seguidos, parece que há duas pessoas no carro.
─ Santo caracol! ─ comentou Elizabeth, com um certo sarcasmo.
─ São muito úteis para o governo...
─ Não brinque.
─ Não, Carter anda sempre com uma no carro. Quando está atrasado para o
trabalho, aperta o botão e abracadabra. Uma carona instantânea.
─ Ai, meu Deus, é tão bom ser casada com um espião.
─ Não sou um espião, Elizabeth. Sou...
─ Já sei, já sei. Um agente. Não passe dos cento e cinquenta, está bem,
Michael? O que acontece se a polícia te manda parar?
─ Também aprendemos algumas coisas para essas situações.
─ Por exemplo?
Michael sorriu.
─ Posso disparar nele um dardo tranquilizante com a minha caneta.
O rosto de Elizabeth foi dominado por uma expressão de incredulidade.
─ Acha que estou brincando?
─ Às vezes você tão bobo, Michael.

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