táxi esperava. Não um táxi de verdade, mas um táxi do Escritório dirigido por um dos
agentes que costumavam segui-la nas ruas de Nahalal. Ele a levou diretamente para o
Aeroporto Ben Gurion, onde ela foi revistada minuciosamente e questionada longamente
antes de receber permissão para seguir para o portão. Leila não se ofendeu com o
tratamento. Como muçulmana que usava véu, estava acostumada a receber atenção
especial dos funcionários de seguranças.
Dentro do terminal, ela caminhou até o portão sem dar atenção aos olhares hostis
dos viajantes israelenses e, quando a chamada para o voo foi anunciada, entrou
comportadamente na fila até o avião. O passageiro sentado ao seu lado era o homem
pálido e, do outro lado do corredor, estavam o interrogador de rosto esburacado e seu
cúmplice de cabelos finos. Nenhum deles ousou olhar para a mulher velada que viajava
sozinha. De repente, ela se sentiu exausta. Disse à comissária, discretamente, que não
desejava ser incomodada. Então, com Israel desaparecendo embaixo dela, fechou os
olhos e sonhou com Sumayriyya.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1