porque seu pai caíra doente. O pai não estava disponível para contradizer o relato, pois,
como todos os outros membros do clã Awad, estava sob custódia do DGI.
Durante as quarenta e duas horas seguintes, o celular de Nabil Awad foi tomado de
mensagens de preocupação. Duas equipes de analistas, uma na sede do DGI e uma no
boulevard Rei Saul, varreram cada e-mail, texto e mensagem direta procurando por
problemas. Também escreveram e postaram vários updates desesperadores no Twitter de
Nabil Awad. Parecia que o paciente tinha piorado. Se Deus quisesse, ele se recuperaria,
mas, no momento, as coisas não estavam bem.
A olhos não treinados, as palavras que vinham das redes sociais de Nabil Awad
pareciam inteiramente apropriadas para o filho mais velho de um homem gravemente
doente. Mas a sintaxe e a escolha de palavras peculiares de uma das mensagens
significavam, para um leitor, algo bem específico. Significavam que uma lata vazia de
cerveja belga tinha sido escondida em um arbusto de tojo próximo de um pequeno pasto
não longe do centro de Bruxelas. Dentro da lata, embrulhado em sacos plásticos, estava
um pen drive contendo um único documento criptografado. O assunto era uma médica
palestina chamada Leila Hadawi.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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