Acontece que o dia da partida de Natalie foi particularmente violento no Oriente Médio,
até para os padrões sangrentos da região. Houve decapitações e incêndios na Síria, uma
série de atentados suicidas em Bagdá, uma invasão talibã em Cabul, uma nova rodada de
batalhas no Iêmen, vários esfaqueamentos em Jerusalém e Tel Aviv, e um ataque com
metralhadoras e granadas a turistas ocidentais em um hotel litorâneo na Tunísia.
Portanto, era compreensível que um pequeno conflito entre militantes islâmicos e a
polícia jordaniana passasse quase despercebido. O incidente ocorreu às dez horas e
quinze minutos nos arredores de Ramtha, a poucos metros da fronteira síria. Os
militantes eram quatro; todos morreram durante o breve tiroteio. Um deles foi mais
tarde identificado como Nabil Awad, um cidadão jordaniano de 24 anos que residia no
distrito de Molenbeek, em Bruxelas. Em um comunicado divulgado nas mídias sociais, o
ISIS confirmou que Awad era um membro de sua organização que tivera um importante
papel de apoio aos atentados em Paris e Amsterdã. Declarou-o um mártir e jurou vingar
sua morte derramando “rios de sangue”. A batalha final, dizia, aconteceria em um local
chamado Dabiq.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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