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AGRADECIMENTOS
evo muito a minha esposa, Jamie Gangel, que ouviu pacientemente enquanto eu
trabalhava na trama de A viúva negra e depois habilmente editou a enorme pilha de papel
cuspida de minha impressora após sete meses de escrita intensa. Ela esteve ao meu lado
desde o início da série de Gabriel Allon, em uma manhã ensolarada em Georgetown
quando, pela primeira vez, eu tive a ideia de transformar um assassino israelense em
restaurador de arte. Agora, o homem moroso e de luto que encontramos pela primeira
vez em O artista da morte é chefe do serviço secreto de inteligência israelense. É um
desfecho que eu nunca poderia ter imaginado, e não teria chegado a ele sem o apoio
constante de Jamie. Também não teria sido possível sem o amor de meus dois filhos,
Lily e Nicholas. A cada dia, de formas grandes e pequenas, eles me lembram de que há
coisas mais importantes na vida do que palavras e parágrafos e reviravoltas inteligentes.
Escrever dezesseis livros sobre um homem de Israel exigiu que eu passasse muito
tempo lá. Viajei pelo país de cabo a rabo, e conheço partes dele tão bem quanto conheço
meu próprio país. Ao longo do caminho, fiz muitos amigos. Alguns são diplomatas ou
acadêmicos; outros são soldados e espiões. Todos trataram minha família com enorme
gentileza e generosidade, uma dívida que paguei colocando pequenos traços deles em
minhas tramas e personagens. A fazenda histórica de um amigo no moshav de Nahalal eu
transformei em um esconderijo secreto onde preparei uma mulher para uma missão que
ninguém em sã consciência aceitaria. E, quando penso na linda casa de Uzi Navot no
subúrbio de Petah Tikva, em Tel Aviv, estou na verdade vendo o lar de um amigo que
mora ali perto. Também penso na inteligência de meu amigo, em seu senso de humor
afiado, sua humanidade e sua incrível esposa, que não tem absolutamente nada a ver com
a controladora Bella.
Também fui convocado de uma hora para outra para o velho hotel em Ma’ale
Hahamisha — não por Ari Shamron, mas por Meir Dagan, décimo diretor do Mossad,
que morreu enquanto eu estava finalizando este romance. Meir pintava no tempo livre e,
como Ari, amava o norte da Galileia, onde viveu na cidade histórica de Rosh Pinah. O
Holocausto nunca estava longe de seus pensamentos. Em seu escritório na sede do
Mossad, havia uma fotografia sombria de seu avô tirada segundos antes de ele ser morto
por um tiro de oficiais da SS. Agentes do Mossad tinham de olhá-la uma última vez antes