A Viúva Negra

(Carla ScalaEjcveS) #1

de sair para missões em outros países. Naquela tarde em Ma’ale Hahamisha, Meir me
mostrou um mundo que eu nunca esquecerei e gentilmente me repreendeu por algumas
escolhas que eu fizera em minhas tramas. A cada poucos minutos, um israelense em
trajes de banho parava em nossa mesa para cumprimentar Meir. Espião por natureza, ele
parecia não gostar da atenção. Seu senso de humor era autodepreciativo. “Quando
fizerem o filme sobre Gabriel”, disse ele, com seu sorriso impenetrável, “peça, por
favor, para me deixarem mais alto.”
O general Doron Almog e sua linda esposa Didi sempre abrem sua casa a nós
quando vamos a Israel e, como Chiara e Gilah Shamron, preparam muito mais comida
do que seríamos capazes de comer. Eu não conhecia Doron quando criei a aparência
física de Gabriel, mas certamente ele era o molde no qual meu personagem se baseava.
Nunca se sabe quem pode aparecer à mesa de jantar de Doron. No fim de uma noite, um
general muito antigo das FDI parou para tomar um drinque. Mais cedo naquele mesmo
dia, em um porto europeu, uma ameaça à segurança de Israel tinha sido eliminada de
forma silenciosa e arguta. Quando perguntei ao general se ele tivera algo a ver com
aquilo, ele sorriu e disse:
— Merdas acontecem.
A incrível equipe do Centro Médico Hadassah me permitiu passear pelo hospital, do
heliporto às novas salas de cirurgia de ponta bem abaixo do nível do solo. O dr. Andrew
Pate, importante anestesiologista, me ajudou a salvar a vida de um terrorista em
circunstâncias menos que ideais. Graças a suas instruções precisas, agora sinto que,
numa emergência, eu poderia tratar um hemopneumotórax.
Estou para sempre endividado com David Bull, que, diferentemente do fictício
Gabriel, é mesmo um dos melhores restauradores de arte do mundo. Um agradecimento
de coração à minha equipe jurídica, Michael Gendler e Linda Rappaport, por seu apoio e
seus sábios conselhos. Louis Toscano, meu querido amigo e editor de longa data, fez
melhorias incontáveis ao meu original, e minha preparadora de textos pessoal com olhos
de lince, Kathy Crosby, garantiu que não houvesse erros tipográficos nem gramaticais.
Somos abençoados de ter muitos amigos que enchem nossas vidas de amor e risadas
em momentos críticos durante o ano de escrita, em especial Betsy e Andrew Lack, Caryn
e Jeff Zucker, Nancy Dubuc e Michael Kizilbash, Pete Williams e David Gardner, Elsa
Walsh e Bob Woodward. Um agradecimento especial também a Deborah Tyman, dos
Yankees de Nova York, por apostar em um destro com um ombro machucado. Vale
dizer que eu não deixei a bola quicar.
Consultei centenas de livros, artigos de jornal e de revista e sites enquanto preparava
o original deste livro, um número grande demais para relacionar aqui. Seria negligência,
porém, não mencionar a extraordinária reportagem de Joby Warrick, Paul Cruickshank,
Scott Shane e Michael Weiss. Cumprimento todos os corajosos repórteres que ousaram
entrar na Síria e contar para o mundo os horrores que viram ali. Jornalismo — o
verdadeiro jornalismo — ainda é importante.


Nem seria preciso dizer que este livro não poderia ter sido publicado sem o apoio de
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