tudo sobre o alzheimer
Novidade Na ciêNcia!
o alzheimer foi revertido pela primeira vez e com sucesso:
pesquisadores canadenses, da Universidade de Toronto, liderados
pelo cientista andres lozano, usaram uma técnica de estimulação
cerebral profunda, em que enviaram impulsos elétricos para o cérebro
dos pacientes por meio de elétrodos implantados. o grupo instalou os
dispositivos em seis pessoas diagnosticadas com alzheimer e notaram
que a doença foi freada. em dois desses pacientes, a deterioração da
região do cérebro relacionada à memória não só parou de encolher
como voltou a crescer. nos outros quatro, o processo de deterioração
foi interrompido por inteiro.
lectuais e sociais, ou seja, com a morte dos neurônios, há
um prejuízo na memória e na função mental. “Essa doença
degenerativa afeta gradativamente o funcionamento do cé-
rebro e provoca desorientação, esquecimento e mudanças
comportamentais. Normalmente, observa-se um início lento
dos sintomas (meses ou anos) e, depois, uma piora progressiva
das funções cerebrais, fazendo com que a pessoa passe a
depender completamente dos outros para atividades básicas
da vida”, afirma a psicóloga da Clínica Soulleve, Thaís Silva.
Três fases
O Alzheimer pode ser divido em três estágios principais,
cada um com características específicas. Confira!
- Fase inicial: apresenta perda de memória leve. “É o mais
difícil de ser percebido e diagnosticado. Parentes e amigos
(e, às vezes, os profissionais) veem como sinais de velhice ou
apenas uma fase normal do processo de envelhecimento”,
salienta a psicóloga. De acordo com ela, como a doença é
gradual, é difícil ter certeza de quando teve início. Os sintomas
costumam ser notados por familiares mais próximos e incluem
falta de atenção ou distração, pequenos esquecimentos em
relação a atividades e compromissos e estranhamento em
ambientes novos, que não sejam familiares ao paciente. - Fase intermediária: conforme a doença progride, as
limitações ficam mais claras e graves. “A pessoa com de-
mência tem dificuldade para realizar as atividades no dia a
dia, tanto para recordar informações recentes quanto para
se comunicar, repetindo histórias e conversas, e também
pode apresentar problemas na fala, causando uma confusão
crescente em um número maior de situações”, comenta Thaís.
Porém, a musicoterapeuta Roberta Paciência explica que
informações bem aprendidas permanecem intactas. Aqui,
a pessoa também começa a desenvolver um certo grau de
dependência. “Ela demanda de auxílio para se vestir e manter
a higiene pessoal”, finaliza a psicóloga.
- Fase avançada: é o momento em que ocorre a depen-
dência e a inatividade. Segundo Thaís, a dificuldade física da
doença torna-se mais incapacitante, pois há perda de funções
motoras de locomoção e até de digestão. “Os distúrbios de
memória se tornam mais sérios e podem estar acompanha-
dos de outras alterações mentais e comportamentais, como
perda de autoconsciência, passividade, agressividade, com-
prometimento do raciocínio e alterações na personalidade,
que pode se apresentar ansiosa ou paranoica”, explica Thaís.
Tratamentos
No paciente com a doença, há uma redução importante de
um neurotransmissor chamado acetilcolina. Então, a maioria
dos medicamentos prescritos para o Alzheimer servem para
aumentar a quantidade desse neurotransmissor no cérebro.
“Esses medicamentos não recuperam o que já foi perdido
(ou recuperam muito pouco), mas são úteis para reduzir a
velocidade da progressão da doença”, destaca Mario. Além
do tratamento medicamentoso, os cuidados com a saúde
física, com a organização do ambiente e com a aplicação
de atividades que auxiliem na memória contribuem para
manter a qualidade de vida do paciente.
prevenir é a saída
Roberta lista as dicas fundamentais para proteger o cére-
bro: utilizar jogos de raciocício (veja na página 12), aprender
algo novo, como tocar um instrumento ou falar uma nova
língua, e procurar exercitar sempre a memória, utilizando
agendas ou lista de compras. “Manter o cérebro em funcio-
namento é essencial para o músculo não atrofiar”, conclui.