PC Guia - Edição 264 (2019-01)

(Antfer) #1
PCGUIA / 9

Praia das Maçãs


ARE YOU READY?


(To be heartbroken)


PEDRO ANICETO
[email protected]

CIENTISTAS EXPLORAM TÉCNICA


PARA MINIMIZAR DANOS


NA BARREIRA DE CORAL


A poluição e o aquecimento global estão a danificar a Grande
Barreira de Coral, na Austrália, mas os cientistas estão a investigar
uma forma de amenizar os dados feitos, baseada na aceleração
do crescimento de um coral. Esta é a primeira vez que se tenta
algo do género, um método que envolve colocar uma quantidade
considerável de ovos de coral, que são fertilizados em larga escala,
produzindo depois milhões de larvas.
As larvas são depois reintroduzidas na barreira, em tendas de
rede, colocadas debaixo de água. O projecto-piloto está a ser
desenvolvido desde Novembro de 2016, na Southern Cross University.
Segundo declarações do investigador principal responsável pelo
projecto, Peter Harrison, esta técnica «tem sucesso porque não só
se aplica à Grande Barreira de Coral, mas também tem um «potencial
de impacto global» e mostra como é que se pode «restaurar e
reparar as populações de corais afectadas». De acordo com os
investigadores, a Barreira de Coral pode vir a desaparecer em 2100,
caso o aquecimento global não seja minimizado. C. Rocha


MESSENGER RESPONDE


ÀS WORLD LENSES DO SNAPCHAT


n O Messenger do Facebook está a acompanhar os lançamentos da
aplicação Snapchat. Para concorrer com as World Lenses, que usam
realidade aumentada para colocar objectos e emojis nos snaps, o
Messenger lançou as World Effects. Ao tirar uma fotografia, pode, por
exemplo, colocar uma seta para marcar um ponto em específico, utilizar
balões de pensamento por cima da cabeça e muito mais. Por enquanto,
os World Effects ainda estão numa fase inicial, mas mostram que
também o Facebook quer entrar na tendência da realidade aumentada.

A


avalancha de críticos Apple já não é o que era...
Durante anos infernizaram-me o juízo sobre a
“inutilidade” da utilização de uma plataforma
diferente, levantaram-me o fantasma da incompatibilidade,
recorreram a todos os argumentos possíveis. À distância
é possível reconhecer que alguns dos argumentos eram bem
razoáveis. A evolução do sistema operativo, a mudança de
processador, a introdução do iPhone e iPad vieram serenar
os ânimos neste capítulo. Foi toda uma soma de parcelas que
acalmou os críticos e detractores e não apenas um ou outro
facto. Alguns desses críticos vieram a render-se. Não que
o afirmem com a mesma tenacidade com que denegriam,
mas vou vendo os comportamentos tecnológicos e acabo em
muitos casos a sorrir. Não sou homem de vinganças, vivo e
deixo viver, mas passados estes anos todos, acabo por achar
que toda a gente deveria ter direito ao arrependimento.
Esta semana, um dos mais mediáticos críticos Apple,
colunista de um jornal internacional de renome, sugeriu
que a Apple poderia estar pronta para “matar” o Mac. É um
tema deveras interessante. Já nada é como era e a evolução
das plataformas computacionais móveis permite hoje que
cirandemos de device em device sem ter muitas saudades
de uma máquina “central” de secretária. Aliás, em abono
do que digo, faz poucos dias que comecei a perguntar a
utilizadores Apple se já vivem com máquinas “encostadas”
e a resposta deixou-me espantado. Pelo número de pessoas
que me responderam “sim” e sobretudo pelo investimento
que alguns deles fizeram para agora perceber que eram
felizes na mesma com tablets, telefones e companhia...
Eu confesso que não estou preparado para esse salto de fé.
Se bem que a cada dia que passa mais me irrite por
carregar um portátil, eu preciso dele.
Preciso de storage. De máquina física. Preciso que nem
sempre precise de clouds e afins. Acredito que o próximo
ano me vá mostrar o caminho em definitivo. Se o vídeo
e o áudio já estão definitivamente instalados nas minhas
necessidades tecnológicas, eles representam apenas
uns 30 a 40% do meu tempo frente a um computador.
Eu disse computador. Não estou pronto para me entregar
por completo a outras formas de produzir.
Mas esta aproximação ao problema ‘Você viveria sem
uma máquina convencional à sua frente’ varia conforme a
idade. A mesma pergunta feita a uma grupo de jovens tem
resultados avassaladoramente diferentes. O que me
faz questionar se os nossos hábitos produtivos são assim tão
diferentes. Quando pergunto em que se ocupam, ‘redes’
é a resposta número 1. E o resto? O texto? As apresentações?
Os documentos elaborados? Isso vem no fim da escala.
O que é intrigante.
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