Quatro Rodas - Edição 728 (2019-12)

(Antfer) #1

ATENDENDO A PEDIDOS


Enfim, o Peugeot 2008 pode ter câmbio automático e motor turbo ao mesmo tempo


E


ste é, provavelmente, o melhor


momento do Peugeot 2008 no


Brasil. Se o leve facelift estreado


em maio aproximou seu design do


do 3008 e do 5008, agora ele tam-


bém passa a ter a mesma mecânica


dos irmãos maiores. Ou quase isso.


A transmissão automática de seis


marchas da japonesa Aisin resolveu


dois problemas. Em 2017, substituiu o


câmbio de quatro marchas nas ver-


sões com motor 1.6 de 118 cv e agora


chega à versão topo de linha com o


motor 1.6 turbo flex de 173 cv.


Até então, só houve 2008 THP


com câmbio manual de seis marchas


no Brasil. Era divertido, mas não fa-


zia sentido: o consumidor de SUVs


compactos já exigia câmbio automá-


tico nas versões topo de linha quan-


do o 2008 estreou, em 2015.


Na época, o câmbio de seis mar-


chas disponível, usado nos 308 e


408, era muito grande para caber nos


compactos da marca, baseados na


plataforma PF1. O surgimento de


uma versão menor foi o que viabili-


zou este novo 2008 Griffe THP, que


chega agora às lojas por R$ 99.990.


Apareceu um pouco tarde – o


Citroën C4 Cactus tem a mesma me-


cânica faz um ano –, mas a Peugeot


quis adaptar as relações da transmis-


são ao perfil do 2008. Fomos checar


isso em nossa pista de testes.


Gasolina no tanque, pé embaixo.


O 2008 precisou de 8,8 s para chegar


aos 100 km/h e fez 11 km/l no ciclo


urbano e 14,7 km/l no rodoviário. Ele


é 0,3 s mais rápido e ainda gastou


menos que a antiga versão manual


(10,6 km/l e 14,3 km/l). Mas o C4


Cactus equivalente fez 8,3 s, 11,4


km/l e 14,4 km/l, respectivamente.


O Peugeot 2008 tem o tempera-


mento diferente do do primo. A sus-


pensão é mais firme e controla me-


lhor a carroceria em curvas (embora


ainda permita que a frente empine


bastante nas acelerações). A posição


de dirigir mais baixa, o volante de


raio pequeno e o quadro de instru-


mentos destacado do painel fazem o


modelo ser promovido de SUV a uma


alternativa ao esportivo que você não


pode comprar por causa da família –


que ainda vai reclamar (com razão)


do espaço traseiro.


A direção poderia ser um pouqui-


nho mais pesada e a opção de troca


sequencial no volante seria bem-


-vinda, mas dá para viver sem. O


câmbio é rápido, embora se esforce


POr HENRIQUE RODRIGUEZ | fOTOS FERNANDO PIRES


Por fora, o Griffe


THP é idêntico


ao aspirado


34 quatro rodas dezembro


teste | PEUGEOT 2008 THP AUTOMÁTICO

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