Onix ficou 23 cm
maior. Traseira,
neste ângulo, lembra
a do Cruze I
é a mesma, enquanto a altura varia
0,2 cm devido ao caimento do teto.
O mais interessante é que, apesar
de ser 23 cm mais comprido e 3 cm
mais largo do que o antigo Onix, o
novo possui porta-malas com menor
capacidade: queda de 280 para 275
litros. Entretanto, o acabamento do
bagageiro é decente, melhor até que o
do sedã, com direito a tapete embor-
rachado na base. Outra curiosidade
é que o Onix Premier pesa 1.118 kg,
1 kg a mais do que o Plus na mesma
versão. Segundo engenheiros da GM,
isso se deve ao peso maior da tampa
do porta-malas, especialmente pela
presença do motor elétrico que move
o limpador do vidro traseiro.
Sob o cofre do novo Onix Premier
está o motor 1.0 três-cilindros turbo
flex da família Ecotec, sem injeção
direta, que já equipa o Plus. Potência
e torque são os mesmos, mas o co-
eficiente aerodinâmico inferior e o
quilinho extra fizeram com que a ace-
leração de 0 a 100 km/h do hatch fosse
ligeiramente pior em nosso teste, em-
bora ainda empolgante: 10,66 s contra
10,22 s do três-volumes – mas muito
acima do hatch anterior, o 1.4 LTZ, que
cravou 12,9 s. Coincidentemente, o
número é idêntico ao registrado pelo
VW Polo Highline 200 TSI, mas fica
abaixo dos 9,74 s do Hyundai HB20
Diamond Plus. Só que o Onix possui
níveis de contenção de ruídos e vibra-
ção superiores aos desses dois rivais,
graças ao ótimo trabalho de coxini-
zação e isolamento (compensando a
ausência da árvore contrarrotativa).
TrOCaS nO bOTãOzInhO O câmbio
automático de seis marchas atua de
maneira muito eficaz: promove mu-
danças rápidas, praticamente sem
trancos, e ajuda a conter os giros do
motor quase sempre abaixo de 2.000
rpm. Mas não há teclas para trocas
manuais. Estas só ocorrem por meio
de botões no pomo da alavanca e se o
motorista deixar a caixa em modo L.
Em nossas três medições, o consu-
mo apresentado foi conflitante. Como
fizemos o teste no campo de provas
da GM em Indaiatuba (SP) e não na
pista que habitualmente usamos em
Limeira (SP), chegamos a 17,2 km/l
na cidade e 17,8 km/l na estrada com
gasolina, segundo o computador de
bordo. Como o fabricante não per-
mitiu que instalássemos um equi-
pamento extra para medição mais
precisa, recomendamos usar como
referência os dados do programa de
etiquetagem do Inmetro, que registra
8,2/10,7 km/l com etanol e 11,9/15,1
km/l usando gasolina nos respectivos
ciclos urbano/rodoviário.
A principal diferença dinâmica do
novo Onix hatch para o irmão está no
ajuste de suspensões. No dois-volu-
mes, a regulagem de todos os amorte-
cedores foi ligeiramente enrijecida e
o eixo traseiro conta com molas mais
duras. Ao mesmo tempo, a assistência
elétrica da direção ficou um pouco
menos intrusiva, deixando as respos-
tas do volante mais esportivas e dire-
tas. Em movimento, a percepção é de
um carro bem “à mão” do condutor,
o que instiga o motorista a acelerar
TESTE | OnIX PrEMIEr II
46 quatro rodas dezembro