Quatro Rodas - Edição 728 (2019-12)

(Antfer) #1

impressões ao dirigir | ram 2500 laramie


os novatos. Isso porque, além de se


adaptar às dimensões (literalmente)


dignas de caminhão, os recém-che-


gados à marca deverão se acostumar


à alavanca de câmbio na coluna de


direção e ao freio de estacionamento


com acionamento por pedal.


Para despertar o motor 6.7 turbo-


diesel de seis cilindros em linha, basta


apertar o botão de partida, um ritual


tão simples quanto selecionar o modo


de tração, que também tem coman-


dos elétricos. O conjunto mecânico


continua igual a antes, inclusive com


o mesmo sistema de transmissão com


seis marchas, mas recebeu algumas


atualizações para render 365 cv de


potência e 110 mkgf de torque – ou


seja, 35 cv e 4 mkgf a mais. Só que,


apesar dos recursos para rodar fora


de estrada (há tração 4x4, reduzida


e ângulos de entrada de 22,9


o
e de

saída de 25,8


o
), a marca admite que

a missão da picape no Brasil será des-


filar no asfalto. E, nessa situação, ela


Capacidade de carga


é 1.088 kg, só 88 kg


a mais que Toro diesel


se comporta espantosamente bem,


mesmo pesando 3.448 kg. A princi-


pal mudança na suspensão veio em


2009, quando a picape recebeu molas


helicoidais atrás no lugar do feixe de


molas (que, apesar de robusto, com-


promete dinâmica e conforto). Agora,


a empresa aproveitou a reestilização


só para fazer ajustes na calibração.


E, por mais que esse modelo pareça


bruto e até assuste quem se aproxima,


a sensação ao volante é supreenden-


temente suave: a direção com assis-


tência elétrica é ágil, principalmente


considerando o tamanho da Ram, e


as respostas ao pedal direito são rápi-


das. É apenas questão de tempo para


aprender os limites de aderência,


sobretudo da traseira, que pode ame-


açar deslizar em algumas curvas. Mas


pode ficar tranquilo que, até pegar o


jeito, o controle de estabilidade será


cauteloso (e até demais).


A lista de recursos de segurança


inclui seis airbags, monitoramento de


ponto cego, alerta de tráfego cruzado,


acendimento de faróis e acionamen-


to de luz alta automáticos, controle


eletrônico de redução de rolagem da


carroceria e sensor de chuva. Pena


que não haja controle de velocidade


adaptativo ou até mesmo alerta de


colisão frontal e sistema de frenagem


automática de emergência, algo dis-


ponível em carros bem mais baratos.


Por R$ 289.990, não é de surpreen-


der que a meta será vender 700 uni-


dades em 2020. Além disso, há uma


série de limitações que podem afas-


tar possíveis compradores que não


estão dispostos a mudar a categoria


da habilitação ou que não querem fi-


car restritos à faixa da direita e à velo-


cidade para caminhões nas rodovias.


Mas, se você gosta do estilo e não se


importar com esses detalhes, seja fe-


liz com sua 2500. Não quer lidar com


essas burocracias? Então resta torcer


para a 1500 (25 cm menor e que acei-


ta CNH de carro) chegar logo.


52 quatro rodas dezembro

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