Quatro Rodas - Edição 728 (2019-12)

(Antfer) #1

A alavanca do câmbio (esq.) permite selecionar


os intervalos das marchas usadas. Antes de dar a


partida é necessário ligar a chave geral do veículo


(acima). No compartimento da frota viajam dez


soldados e um atirador (banco individual, abaixo)


Viatura não tem


volante e nem pedal


de freio. No alto,


ficam os periscópios


dezembro quatro rodas 65


rando o veículo e o terreno. Equipado


com motor V6 turbodiesel de 2 tem-


pos, de 268,7 cv, o M113 BR pode atin-


gir 61 km/h de velocidade máxima.


Não parece muito se comparado a um


automóvel, mas é bastante quando se


está no comando de um veículo pe-


sado como o M113 BR – são 9.930 kg.


Sua aceleração é crescente e constan-


te, e, durante o movimento, o tanque


acumula bastante energia, o que fica


nítido quando se precisa frear. O


consumo divulgado pelo Exército é


assustador: 1,8 km/l na estrada!


O nível de ruído é alto porque


junta o barulho do motor com o das


lagartas. Mas isso não me incomo-


dou. Ao contrário, serviu para am-


plificar minha experiência a bordo.


A parte mais tensa foi quando desci


uma ladeira íngreme, situação em


que, mesmo freado, o veículo desli-


zava para o lado em que a terra es-


tava mais fofa. Nessas horas, o M113


BR saía levemente da trajetória ao


mesmo tempo que minha visão do


barranco ao lado da trilha era quase


nula. O instrutor tinha me avisado


que não havia risco, mas eu não ti-


nha ideia de como seria a descida.

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