Quatro Rodas - Edição 728 (2019-12)

(Antfer) #1

O 145 pode ser


configurado


para diferentes


missões


74 quatro rodas dezembro


reportagem | luxO aéreO


Um exemplar vendido a um só-


cio de uma grande rede de super-


mercados (a confidencialidade é


outra característica deste segmen-


to), por exemplo, recebeu a pintura


externa e parte do acabamento ins-


pirado no Bentley do empresário.


Só que, ao contrário dos automó-


veis, há um limite de customização


no interior. Se normalmente nos


automóveis é possível fazer quase


tudo, nos helicópteros (e aviões) as


variáveis normalmente se restrin-


gem às cores dos bancos e adição de


luzes internas extras, cintos e pintu-


ras especiais. Isso acontece porque,


para homologar um novo assento


para a aeronave, é preciso refazer os


testes em todo o aparelho, tornando


o custo proibitivo até mesmo para a


maioria dos milionários.


O pacote Mercedes adiciona ao


ACH145 iluminação interna variá-


vel, porta-malas (para até 600 kg)


com diferentes compartimentos, re-


moção de dois assentos para melho-


rar o conforto dos outros ocupantes


e isolamento acústico reforçado.


Este último item, aliás, é um dos di-


ferenciais do modelo. Nele é possível


conversar durante o voo sem a ne-


cessidade dos fones de ouvido, que


em outras versões são de uso com-


pulsório por conta do ruído elevado


dos dois motores Safran a jato de 894


cv (potência de decolagem) cada um.


Outra especificidade desse tipo


de aeronave é que o cliente normal-


mente só tem o trabalho de comu-


nicar ao piloto ou hangar o horário


que pretende sair e o local de des-


tino. Cabe a diversos funcionários


manobrar o helicóptero (usando


um pequeno carrinho sob os es-


quis) e completar o tanque, de 903


litros, com querosene de aviação.


Em tempo: reabastecer um ACH 145


exige, em São Paulo, quase R$ 4.800.


Mesmo assim, a Airbus afirma que


manter um 145 que voe até 200 horas


custará R$ 100.000 por ano, metade


do gasto de uma aeronave similar.


O valor não inclui o salário do


piloto, que tem a vida facilitada nas


últimas versões do 145. Ao contrá-


rio dos aviões, muitos helicópteros


não têm piloto automático capaz de


controlar a aeronave durante pousos


e decolagens. Mas neste Airbus é

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