Adega - Edição 160 (2019-02)

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MUNDOVINO |^


EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Estrelas


nas vinícolas
Guia Michelin premiou restaurantes de
célebres vinícolas francesas

No seu guia de 2019, o guia Michelin premiou com
estrelas 75 novos restaurantes franceses. E entre os
estreantes estão os restaurantes L'Oustalet, da família
Perrin, no Rhône, e o recém-inaugurado Lalique, do
Château Lafaurie-Peyraguey, em Sauternes.
Os Perrins, proprietários do Château de
Beaucastel, administram o L'Oustalet em
Gigondas com o chef Laurent Deconinck,
que supervisiona o restaurante desde 2009. O
restaurante, porém, tem mais de 40 anos e possui
uma adega de 1.200 vinhos. “É maravilhoso. A
Michelin seguiu minhas façanhas e a evolução da
minha cozinha e hoje tudo fez sentido”, afirmou
Deconinck.
O Château Lafaurie-Peyraguey é propriedade
do presidente da Lalique, Silvio Denz, e o
restaurante é administrado pelo jovem chef Jerôme
Schilling. Ele está aberto há cerca de seis meses.
Além do restaurante, a propriedade conta com um
hotel de luxo. Denz comprou Lafaurie-Peyraguey
em 2014 e o reformou completamente.
Estes dois restaurantes de vinícolas não são,
contudo, os primeiros e tampouco os únicos a
ostentarem estrelas do afamado guia. Antes deles
já receberam prêmios o Le Logis de la Cadène,
do Château Angélus, e o Les Belles Perdrix, do
Château Troplong Mondot, ambos em St-Émilion,
assim como o Château Cordeillan-Bages, em
Pauillac, entre outros.

MAIS UM BEPPE
Essa é a segunda perda
importante para a região de
Barolo em pouco tempo.
Giuseppe “Beppe” Rinaldi
faleceu no início de setembro do
ano passado. Ele tinha 70 anos
e foi um dos mais respeitados
produtores de Barolo de sua
geração.

Barolo perde


ícones
Beppe Colla, um dos grandes
nomes do Piemonte, morreu

Aos 88 anos, um dos ícones de Barolo, Giuseppe
“Beppe” Cola, faleceu em janeiro de 2019, ano
em que celebraria sua 70ª colheita. Em 1960, ele
uniu forças com Renato Ratti e Gildo Cavallotto
(entre outros produtores) na comissão para traçar
as fronteiras de Barolo, preparando o que seria a
denominação de origem.
Beppe Colla começou a fazer vinho depois de
se formar em 1949 na Scuola Enologica em Alba.
Depois de administrar a Casa Vinicola Bonardi,
ele comprou a
vinícola de Cavalier
Prunotto em
1956, produzindo
excelentes safras do
Barolo Prunotto até


  1. Ele também
    foi um dos primeiros
    produtores a
    introduzir os Crus
    de Barolo em 1960,
    engarrafando seus
    vinhos como Bussia, após uma visita à região da
    Borgonha.
    Ele foi um dos primeiros a entender a
    importância da extração excessiva com as uvas
    Nebbiolo, algo que ainda pode ser um problema
    hoje. Muitos italianos lembram seus desafios
    como presidente do Consorzio di Tutela Barolo
    Barbaresco durante o escândalo do metanol,
    especialmente porque ele sempre trabalhou pelos
    vinhos de qualidade.
    Nos anos 90, ele começou uma colaboração
    com Piero Antinori, a quem ele então vendeu a
    vinícola. Alguns anos depois, fundou sua vinícola
    familiar, Poderi Colla, com seu irmão Tino e o
    sobrinho Pietro. Foi também um dos fundadores
    da Ordem dos Cavaleiros da Trufa e dos Vinhos
    de Alba, associando-se à gastronomia de Langhe.

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