— Havia pessoas esmagadas contra o meu carro — contou-lhe, apontando
com uma mão impotente na direcção do seu carro. — Uma mulher... tu não
imaginas, ela ficou... estrangulada na porta do meu carro!
Patrício segurou-a pelos ombros.
— Regina, acalma-te. Tu estás bem? Não te magoaste?
Ela encarou-o com olhos arregalados e confessou esta verdade assombrada:
— Pensei que ia morrer.
— Mas não morreste — disse ele, endurecendo a voz para a trazer à
realidade. — Por isso, anda, vamos embora.
— Quero ir para casa — pediu Regina num murmúrio frágil.
— Está bem. Eu levo-te a casa. Consegues levantar-te?
Conseguia, levantou-se, seguiu-o.