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Fizeram amor pela primeira vez algumas semanas mais tarde, na casa dele.
Entretanto, namoraram nas mesas de café, viram-se regularmente com
pretextos vagos, conheceram-se melhor e quanto mais se conheciam mais
gostavam um do outro. Jonas telefonava-lhe ou mandava-lhe uma mensagem
e Catarina partia ao encontro dele. Falavam, riam-se, sentiam-se bem juntos.
Catarina levitava pelo mundo com um sorriso nos lábios, mas havia
momentos em que parava num rebate de consciência e sentia-se assaltada pela
dúvida. Então, confrontava Jonas com a sua perplexidade.
– Que vai ser de nós?
– Vamos ficar juntos a vida toda.
– Mas eu vivo com uma pessoa, ou você ja se esqueceu disto?
– Deixa-o.
– Não é assim tão fácil.
– Por quê?
– O que é que você quer de mim, Jonas? O que é que você quer mesmo?
– Quero que você seja só minha.
– E depois?
– E depois o quê?
– Quer viver comigo? Quer casar e ter filhos comigo?
Ele enrugava a testa, levantava uma sobrancelha.
– Ainda é um pouco cedo para pensarmos nisso, não acha?
– Você quer que eu largue a minha vida, deixe tudo sem saber o que vai
acontecer depois?
– Pode confiar em mim, Catarina.
– Eu confio, mas não sei o que você quer da vida.
– Quero viver sempre apaixonado por você.
– A paixão esgota-se, você bem sabe disso.
– Não – rebatia ele, sem vacilar. – Eu não vou deixar de estar apaixonado