O Globo País /Rio • p. 6B/
go Maia (DEM-RJ), depois de
sair brigado do PDT.
Próximo ao colega ainda ho-
je, também se tomou amigo de
Lorenzoni. Correligionários
contam que Alcolumbre sem-
pre foi da turma do "deixa dis-
so", quando ouvia reclamações
do ministro Onyx sobre Maia.
O presidente da Câmara e Lo-
renzoni se afastaram nos últi-
mos amos depois do processo
de impeachment da ex-presi-
dente Dilma Rousseff.
Maia defendeu que o DEM
apoiasse o governo Temer. Lo-
renzoni foi contra e, derrota-
do, passou aintegrar um gmpo
escanteado nas decisões estra-
tégicas do partido.
Bem relacionado com o mi-
nistro da Casa Civil e conside-
rado fundamental pelo gover-
no na votação da reforma da
Previdência, Alcolumbre se
fortaleceu no Planalto no últi-
mo mês. Teve peso funda-
mental na definição de Fer-
nando Bezerra Coelho
(MDB-PE) para líder do go-
verno na Casa. Pregou a esco-
lha de um emedebista como
estratégia de atrair a simpatia
do maior partido, com 13 se-
nadores, e de um nome expe-
riente. Articuladores do Pla-
nalto dizem que foi Alcolum-
bre quem praticamente deci-
diu sobre Bezerra, vencendo
a resistência do ministro Sér-
gio Moro (Justiça) ao senador,
pelas investigações contra ele
naLava-Jato.
Até derrubar Renan, Alco-
lumbre era um ilustre desco-
nhecido fora de Macapá.
Com 18 anos de vida pública,
nunca figurou nas listas de
parlamentares mais influen-
tes nas redes feitas por insti-
tutos de pesquisa. Hoje, apa-
rece entre os 20 mais bem-
sucedidos na internet. Este
ano, conquistou aposição de
16 e parlamentar mais influ-
ente, segundo o Instituto
FSB Pesquisa.
Ao ter a vida pesquisada
nas redes, Alcolumbre virali-
zou com um vídeo em que
aparece dançando nas elei-
ções do ano passado, ao ser
derrotado na disputa pelo go-
verno do Amapá.
ANCELMO
GOIS
'Quem não gosta de samba,
bom sujeito não é'
Numa época em que tem muito tosco maldi-
zendo a produção cultural, vejam estes nú-
meros que acabam de sair do forno, coleta-
dos pelo economista José Roberto Afonso.
A Receita Federal (sem incluir eventuais ou-
tros impostos, estaduais e municipais) arreca-
dou em 2018 com o cultivo, beneficiamento
e moagem de café cerca de R$ 433 milhões.
Já o arrecadado diretamente pela cultura
(aí entram teatro, cinema, circos, rodeios
e etc.) chega a... R$ 905 milhões.
Ou seja: a cultura é duas vezes mais rentá-
vel para o Leão do que o café.
Não deu sorte
A consultoria americana Spencer Stuart indi-
cou dois nomes em 2017 para a presidência da
Vale. Um deles foi Carlos Ghosn, empresário
franco-brasileiro, ex-presidente do Grupo
Renault-Nissan e hoje encrencado no Japão.
O segundo foi Fábio Schvartsman, o ex-presi-
dente da BQabin que está se afastando da Vale
em meio à tragédia em Brumadinho (MG).
OS TUÍTES DE B0LS0NAR0, ONTEM
Uma Lava-Jato na educação — por que não na
saúde também?—é bem-vinda. Mas Sérgio Moro
precisa ficar atento para não servir de testa de
ferro de uma guerra ideológica anciã, tão a gosto
do ministro Vélez e do próprio Bolsonaro.
Um juiz na Sapucaí
O juiz Marcelo Bretas, da Lava-Jato carioca e
que assistiu ao desfile de domingo na Sapu-
caí, viveu um momento de certo constrangi-
mento numa feijoada beneficente, no Sofitel
de Ipanema. A mesa dele estava ao lado da de
Jacob Barata, 86 anos, cuja empresa no setor
de ônibus é alvo de investigação.
M
I PÁTRIA AMADA
12 "^IBRASILI GOVERNO FEDERAL (^)