Adega - Edição 159 (2019-01)

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MUNDOVINO |^


EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Pesquisadores da Universidade de
Harvard, do Instituto Neurológico
Mediterrâneo da Itália e
da Universidade de Molise
investigaram a relação entre o
consumo de álcool e o risco de
hospitalização, e
descobriram que
quem consumia
aproximadamente
uma taça de vinho
por dia teve menos
visitas hospitalares comparado
a quem bebeu mais e quem não
bebeu nada.
Eles coletaram informações sobre

os hábitos de consumo de
20.682 homens e mulheres
com 35 anos ou mais que
moram na região de Molise,
na Itália, e acompanharam
os registros de internações
hospitalares
por um
período de
cerca de seis
anos.
No decorrer
do estudo, quase 13.000
hospitalizações foram
registradas. Aqueles que
ingeriram de 1 a 12 gramas

de álcool por dia tiveram a menor
taxa de internações hospitalares. E,
em comparação com abstinentes
e ex-bebedores, os moderados não
só tiveram uma taxa mais baixa
de hospitalização para todas as
causas, mas também para doenças
cardiovasculares especificamente.
“Esta pesquisa reafirma que não há
evidências científicas para demonizar
o álcool. Como um componente
da dieta mediterrânea, incluindo
um estilo de vida social amigável, o
álcool com moderação não se revela
um fator negativo”, afirmou Simona
Costanzo, autora do estudo.

Um terroir de baleias e pinguins? Assim
poderia ser definida região de Bahía
Bustamante, na Argentina, abaixo do
paralelo 45º sul, onde foi instalada um
dos mais recentes vinhedos do país. O
enólogo Matías Michelini (Passionate
Wines, SuperUco), o proprietário de
resort Matias Soriano (Bahía Bustamante
Lodge) e o destilador de gin Tato
Giovannoni (Apostoles Gin) plantaram
menos de um hectare de Sémillon e
Pinot Noir a poucos metros da costa.
“Os pinguins e leões marinhos saíram
do mar para nos ver plantando a vinha”,
disse Michelini. A região nunca foi
cultivada com vinha antes e esta é uma
das vinícolas mais meridionais do mundo


  • com latitude semelhante à Central
    Otago a 45,1º sul.
    Apesar de sua latitude, a região tem
    uma leve influência marítima com
    temperaturas médias no verão de 19ºC e
    raramente abaixo de 10ºC. A influência
    marítima é o que Michelini, Soriano e
    Giovannoni estão buscando. “Na maré
    alta, o mar chega a poucos centímetros
    de molhar as videiras. Propositadamente,
    pl t i d d it
    d


queremos provar o Atlântico nos vinhos”,
disse Michelini.
A primeira colheita do vinho “Bahía
Bustamante” é esperada para os
próximos quatro anos. Vale lembrar que
o projeto Costa y Pampa da Trapiche foi
pioneiro no litoral de Buenos Aires, em


  1. A Bodega Tapiz também possui
    vinhedos litorâneos com 120 hectares
    plantados em Viedma.


Terroir de pinguins?
Argentinos criam um dos vinhedos mais meridionais do mundo

Fora do hospital
Segundo pesquisa, bebedores moderados estão menos propensos ir parar no hospital

plantamos variedades muito
delicadas porque
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