Adega - Edição 159 (2019-01)

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ao valor. Champagne vem enfrentando baixas
contínuas e, segundo ADEGA apurou, sequer há
um representante oficial do Comitê de Cham-
pagne atuando no Brasil como havia em anos
anteriores.
Apesar disso, o mercado de espumantes fe-
chou o ano com crescimento de 7,7% em volume
e 8,1% em valor. O vinho tranquilo viu redução
de 2,6% no volume e crescimento de 2,4% em
valor, muito graças ao aumento do valor médio
de importação por caixa de 9 litros, de US$ 26,7
para US$ 28,0. “Destaque para o ganho de mar-
ket share dos brancos e rosés, que juntos fecha-
ram o ano com 21,1% do valor total importado
em 2018”, afirmou Galtaroça.

Países
Entre os principais países exportadores, verifi-
cou-se uma ligeira queda no líder Chile, que va-
riou menos de 1% em volume e valor em 2018.
Já a Argentina, viu novamente seu volume cair,
apesar de ter aumentado o valor. Quem de novo
brilhou foi Portugal, que aumentou sua diferença
para os argentinos em volume, crescendo 8,2% e
alcançando-os em valor, com aumento de 18,9%.
Portugal e Argentina disputam palmo a palmo o
segundo lugar, mas os portugueses parecem cada
vez mais levar vantagem.
Em seguida, Itália, França e Espanha viram
seus volumes decrescerem em dois dígitos, com
os franceses amargando queda de 21,7% em vo-
lume e 10% em valor. Aliás, entre os 10 primeiros
da lista, apenas Portugal e Austrália registraram
aumentos de volume. Os Estados Unidos, nono
na lista, caiu mais de 50% em volume e 37% em
valor.
Quem mostrou crescimento vertiginoso fo-
ram os neozelandeses, subindo mais de 300% em
volume e 173,4% em valor. Alemanha e Líbano
também mostraram crescimentos interessantes
durante o ano. Mas todos eles representam me-
nos de 0,1% do volume total importado no Bra-
sil. Confira as listas.

“O ano que terminou foi marcado pela inse-
gurança política, crise econômica e a maior alta
do câmbio dos últimos anos. Com a inseguran-
ça, vimos muitos importadores antecipando as
importações no início de 2018 e, com o cená-
rio desfavorável, a saída foi reduzir a compra,
planejar e vender os estoques e negociar com
os fornecedores. A rentabilidade do importador
na distribuição ficou apertada e a venda direta
ao consumidor foi o melhor negócio”, apontou
Galtaroça.
Segundo ele, o cambio ficou, em média,
15% maior que 2017. “O volume total impor-
tado, com redução de 2,2% em relação a 2017,
surpreendeu, pois foi uma queda menor que o
esperado, principalmente pelo volume liberado
pós-eleições. Em valor, crescimento de 1,9%, to-
talizando US$ 368,6 milhões, é recorde na histó-
ria da importação de vinhos no Brasil”, comple-
mentou.
As maiores perdas no ano foram no mercado
de Champagne, com menos 30,4% em relação
ao volume de 2017 e queda de 28% em relação

“Muitos


importadores


anteciparam


as


importações


no início de


2018 e, com


o cenário


desfavorável,


a saída foi


reduzir a


compra”

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