Público • Segunda-feira, 9 de Setembro de 2019 • 17
POLÍTICA
Ninguém fala sobre os problemas dos
antigos combatentes na pré-campa-
nha para as legislativas de 6 de Outu-
bro. O lamento e a constatação são de
Joaquim Chito Rodrigues, tenente-
general que preside à direcção da Liga
dos Combatentes (LC), que considera
urgente avançar com o novo Estatuto
do Combatente, documento que che-
Liga lamenta esquecimento dos antigos
combatentes nas legislativas
gou a ter uma versão inicial nesta
legislatura, mas acabou por ser nova-
mente adiado.
Chito Rodrigues manifestou,
ontem, o descontentamento da Liga,
no decorrer das cerimónias comemo-
rativas dos 90 anos do núcleo regional
de Vila Franca de Xira da LC. “Quere-
mos um estatuto que dignifique o
combatente e que reconheça aos anti-
gos combatentes o direito a apoios
económicos e sociais. Mas não vejo
nenhum partido a referir-se aos com-
batentes nesta campanha para as
eleições legislativas. Espero que até
ao Æm da campanha alguém descubra
e exija aquilo a que milhares e milha-
res de cidadãos combatentes têm
direito”, sustentou o dirigente da
Liga, lamentando a forma como o
processo de aprovação do Estatuto
do Combatente foi tratado na legisla-
tura que agora termina.
“Continuamos a lutar por um Esta-
tuto do Combatente. Tivemos, na
Assembleia da República, uma pro-
posta apresentada pelo Governo que
era um estatuto vazio, completamen-
te vazio. Na recolha de opiniões junto
dos combatentes, foi reconhecido por
todos os partidos que era necessário
incluir medidas nesse estatuto. Quan-
do na Assembleia da República che-
garam a algumas medidas, nem todas
as que a Liga propunha, o Governo
entendeu retirar a proposta e apontar
o estatuto para mais tarde”, criticou
Chito Rodrigues, lembrando que o
próprio Presidente da República tem
aÆrmado a necessidade de que o
Antigos combatentes querem
novo estatuto, com urgência
Governo publique o Estatuto dos
Antigos Combatentes.
O presidente da instituição de
apoio aos ex-combatentes criada em
1921 realçou ainda o desenvolvimento
veriÆcado nas últimas décadas ao
nível do trabalho feito pela Liga dos
Combatentes, que, neste momento,
já tem dois lares para a terceira-idade
e dez centros de apoio na saúde espa-
lhados pelo país.
“Não se pode esquecer aqueles que
lutaram pela pátria e nós continua-
mos a lutar para que aqueles que mais
precisam e a quem a vida não sorriu
tenham um estatuto diferente daque-
le que têm tido”, rematou Chito
Rodrigues.
Forças Armadas
Jorge Talixa
Presidente já chamou a
atenção para a necessidade
de o Governo publicar o
Estatuto dos Antigos
Combatentes
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