VOX - #13

(VOX) #1

120 REVISTAVOX.COM | DEZEMBRO 2019


A vida é feita de metas. Quando
nascemos, nosso instinto natural
nos faz buscar pelos primeiros
passos e a falar. Crescemos e muitos
sonhos vão surgindo. Porém, eles
ainda estão atrelados aos pais ou
responsáveis. Então, logo vem o
desejo de completar 18 anos e ser in-
dependente. Enfim, maior de idade.
Novos anseios. Concluir a faculdade
e conseguir o emprego dos sonhos,
para que na idade do sucesso, os
famosos 30, venha a tão desejada
estabilidade.
Para alguns, a chegada da
terceira década de vida traz medos
e incertezas. Para outros,
é sinônimo de vitórias e
conquistas.
Apesar das angústias
e desafios, que rodam os
30, ele deve ser encarado
como apenas mais um
ano de vida, uma nova
oportunidade de criar,
inovar, tirar aquele proje-
to do papel e, mais do que
nunca, sonhar. Afinal,
não há idade para ser
feliz, não é mesmo?!
Pode até parecer início
daqueles textos motiva-
cionais que circulam nas
redes sociais, mas essa
introdução é para contar
a trajetória de um jovem
que alcançou a presidência de uma
das principais entidades do país aos
33 anos. A conquista pode repre-
sentar o sucesso nos 30 que muitos
buscam. Para Vinícius Marchese
Marinelli, é mais uma etapa de
trabalho vencida, já que ainda têm
muitos sonhos para concretizar.
O atual presidente do Crea-SP,
conselho que representa engenhei-
ros e agrônomos com mais de 400
mil associados no estado de São
Paulo, conversou com a equipe da


VOX em um dos raros momentos
de confraternização. Em uma tarde
quente na cidade de Adamantina,
ele participou das comemorações
dos 40 anos da Associação dos
Engenheiros e Agrônomos da Nova
Alta Paulista.
Lá, Vinícius relembrou um
pouco da sua trajetória, marcada
por desafios e, principalmente,
renúncias.
Dois dias antes de participar do
evento em Adamantina, por exem-
plo, ele passou por Natal (RN), Bra-
sília (DF), São Paulo e Mogi Mirim,
cidade onde reside com sua família:

48 horas praticamente acordado, já
que tem dificuldades para dormir
em avião.
“Toda escolha requer um sa-
crifício”, pontua. “Acordo e durmo
motivado para fazer acontecer de-
vido a um planejamento traçado no
início desta gestão, e busco executar
esse projeto que visa a transforma-
ção do Crea-SP em uma instituição
melhor para o profissional. Essa é a
principal bandeira, olhando de uma
maneira macro. E, dentro deste

objetivo, há uma série de iniciativas
desempenhadas”, diz.
O cansaço físico é deixado de
lado para cumprir a apertada
agenda diária. Mais do que uma
obrigação profissional, estar em
Adamantina é sinônimo de con-
vívio familiar, pois possui relação
próxima e de intimidade com os
companheiros da Associação dos
Engenheiros.
“Cumprir estas agendas é bem
complexo, exige certa organização,
uma ausência na família. Para
quem olha de fora parece mais
complicado do que para quem
executa, como no meu
caso, porque se acostuma,
torna-se um hábito. Faz
dois dias que praticamen-
te varei as noites para
cumprir agendas impor-
tantes. Estava em Natal
(RN), peguei o voo às 2
da manhã. Cheguei às
5h40 em São Paulo. Não
consigo dormir em avião.
Cumpri agenda na Capi-
tal Paulista na sexta-feira,
cheguei em Mogi Mirim
às 22h30. Dormi quase 2
da manhã, e sai às 6 para
estar aqui em Adaman-
tina. Mas é bacana, faz
parte do cargo, também
faço questão de estar em
uma festa como essa. O sacrifício
fica em segundo plano, o primeiro é
estar aqui. A agenda é complicada,
é sacrificante, mas vale a pena”.

INÍCIO DE UMA
TRANSFORMAÇÃO
Tarde de 17 de agosto. Vinícius
chega à sede do Clube dos Enge-
nheiros, em Adamantina, para
uma comemoração institucional da
entidade que representa os profis-
sionais ligados ao Crea na região.

“Só tinha um jeito de mostrar


que a idade de quem ocupa o cargo


não é relevante: trabalhar e gerar


resultados. Quando decidimos que


essa seria a maneira de responder às


dúvidas, o pré-conceito, no sentido


de ter um conceito já formado, em


menos de seis meses, ficou em


segundo plano. Hoje é pouco citado.”

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