VOX - #13

(VOX) #1

148 REVISTAVOX.COM | DEZEMBRO 2019


NaBike nasceu de
Na Vibe, em outu-
bro de 2016, e desde
o início seus três
integrantes assumi-
ram o compromisso
de ser uma banda de três vocais. E
sua dedicação é digna de grupos
profissionais.
Composta por Diego Amaral
(Tattu), 33, advogado; Airton Veiga,
29, funcionário público; e Pablo
Silveira, 26, funcionário em uma
imobiliária, a banda entra em ação
quando eles assumem os papéis
de guitarrista, baixista e baterista,
em barzinhos, festas particulares,
formaturas e casamentos.
Com repertório renovado a cada
seis meses, o grupo escolhe músi-
cas menos comuns para levar ao
palco, mas claro, todas do universo

do rock. “A proposta é tocar mais o
lado B dessas bandas e a gente flerta
muito com a questão nostálgica do
final dos anos 90, início dos anos


  1. Queremos atingir o público
    pontualmente, para a pessoa ir ao
    show e pensar ‘nossa eu adoro essa
    música, mas não ouço outras bandas
    executarem’”, explica Diego.
    Os ensaios ocorrem toda se-
    gunda-feira e músicas de Secos &
    Molhados, Slip Knot, Linking Park,
    Milton Nascimento, Elis Regina,
    Raimundos, Beatles, entram nos
    acordes dos três amigos.
    “Por ideologia não colocamos
    músicas com conteúdo machista,
    misógino, racista, segregatório ou
    que faça qualquer discurso de ódio”,
    salienta o advogado-guitarrista.
    Entre os perrengues que já pas-
    saram, mas que agora até provocam


risos da turma, estão desde a briga
com o sono no trajeto dos shows,
passando por pneu furado e carro
quebrando na estrada e até ter que
tocar em dois eventos no mesmo dia.
Mas um ponto colocado pela banda é
o fato de que as pessoas nem sempre
enxergam o trabalho de um músico
como trabalho. “Gostamos de fazer
música, e sim temos outras profis-
sões, mas alguns confundem isso
com hobby e, via de regra, hobby é
barato. A gente despende de tempo,
dinheiro, já tivemos problemas de
relacionamentos, inclusive”, pontua
Diego Tattu.
A NaBike também coleciona
histórias bacanas e conquistas. Os
meninos já percorreram cerca de
300km para fazer shows em cidades
como Lins (SP), Pereira Barreto (SP)
e Três Lagoas (MS) e todo esforço

IMPROVISO SÓ COM O NOME


A


NABIKE

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