VOX - #13

(VOX) #1

58 REVISTAVOX.COM | DEZEMBRO 2019


mais. Eles procuram por proce-
dimentos com resultados mais
rápidos, rotinas de pele simples
e pouco dolorosas e assim se
tornam pacientes fiéis”, conta a
médica Juliana.
Apesar da procura pelos
procedimentos ser liderada
pelas mulheres, quem pensa que
cirurgia plástica é coisa só do
público feminino está enganado.
De acordo com um levantamento
feito pela Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica (SBCP), nos
últimos cinco anos a busca de
homens por procedimentos cirúr-
gicos quadruplicou no Brasil.
“Cirurgia nas pálpebras,
plástica no nariz, correção das
orelhas em abano, tratamento
cirúrgico das rugas do rosto e
aplicação de toxina botulínica,
estão entre os procedimentos
mais procurados pelos homens”,
esclarece o médico cirurgião
Mário.
Além disso, não existe idade
ideal para iniciar tratamentos
e procedimentos estéticos. Se-
gundo os médicos, o que existe é
indicação, sempre. E esta deve ser
sempre dada por um especialista.
“Podemos fazer laser ou até pre-
enchimentos em pacientes mais
jovens sem riscos quando bem
indicado. Em média, procedimen-
tos como botox, preenchimento,
harmonização facial e estímulo
de colágeno são indicados a par-
tir de 25 anos, pensando sempre
em prevenção”, orienta Juliana.
No caso das cirurgias plás-
ticas também não existe idade
mínima. A questão é o tipo de
cirurgia. “Um caso de orelha de
abano, por exemplo, pode ser
feito a partir dos cinco anos de
idade, dependendo do incômodo
e da necessidade do paciente. Já
com a prótese de mama é preciso
esperar o desenvolvimento com-
pleto dos seios, e toda a fase da
puberdade. É um procedimento
feito normalmente a partir dos
16 anos”, afirma Mário. Mas ele
ainda ressalta que cada caso deve
ser avaliado pelo médico.

NÉCESSARIE DA PATRÍCIA MARCHIOTI NEVES


Apesar de sempre cuidar
da saúde, corpo e alimentação,
foi após a terceira gestação que
a advogada Patrícia Marques
Marchioti Neves, 43 anos, de
Adamantina, decidiu dar aten-
ção aos cuidados com a pele. Na
adolescência a preocupação era
mais com a balança. “Eu sempre
fui uma criança mais gordinha,
adoro comer, mas na adolescência
começam as comparações. Então
frequentei academia, pratiquei
danças por muitos anos, mas a
preocupação com a pele é uma
coisa que só me despertou mais
tarde, quase aos 40 anos, quando
olhei no espelho e percebi um
melasma bem aparente”, conta.
Foi aí que a rotina com a pele
começou, seguindo recomenda-
ções de saúde. “Encontrei minha
médica que me orientou sobre
como cuidar do melasma. E ela
foi apontando também outras
coisas, como a questão da flaci-
dez, idade, e uma série de coisas
que podemos fazer para se man-
ter bem”.
Hoje Patrícia não abre mão
dos produtos prescritos por sua
dermatologista. Já a rotina da be-
leza começa com a pele bem lava-
da e hidratada. “Sigo os cuidados
recomendados, como lavar a pele
e hidratar. No meu caso usar um
clareador, muito protetor solar,
esses passos já viraram rotina.
Meu nécessaire tem todos esses
produtos e eles andam comigo o
tempo todo”, disse.
Além dos cuidados pessoais,
para a advogada outro item é
indispensável: o amor próprio.
“Tenho um amor próprio absur-
do. Não saio de casa sem batom,
maquiagem básica, arrumar o ca-
belo, gosto de me ver no espelho
e me ver bonita. E óbvio quando
você se sente bem com você mes-

ma, mais bonita, à vontade, feliz,
todo mundo percebe. Quando
você se gosta, acaba não se preo-
cupando com tanta coisa, não tem
tanta neura, isso é muito bom”.
Para a advogada a vaidade
pode ser atribuída com a va-
lorização. “Todo mundo está
acostumado a atrelar a vaidade
com o que é fútil, mas se pensar
como atribuição da valorização
da sua aparência, ou qualquer
outro atributo que você tenha,
como físico ou intelectual, com o
desejo que isso seja notado, acho
legal. Na questão só da aparência
não sou vaidosa, sou dotada de
um amor próprio grande e isso
me ajuda. Já quando falamos de
atributo intelectual ou qualquer
outra coisa aí minha vaidade é
extrema, porque costumo fazer
tudo de melhor e perfeito, na mi-
nha profissão, como mãe, esposa,
filha, amiga, irmã, gosto de fazer
tudo bem feito para ser notada
sim. Não espero reconhecimento,
mas ele vem naturalmente”.
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