VOX - #13

(VOX) #1
colocar quem tinha mais afinidade e era mais
conhecido. Por isso, muitos me criticavam, fica-
vam chateados, mas, pelo espaço, era impossí-
vel agradar a todos”.
Diariamente vinham os convites para
eventos sociais. Aos finais de semana, tinha
que se revezar entre os mais diversos compro-
missos. “Às vezes tinha três, quatro casamen-
tos em um dia. E todos faziam questão da
minha presença. Foi uma época boa, de belas
recordações”.
Além disso, o colunista contava com ajuda
de fotógrafos da cidade. Quando não era pos-
sível participar de determinado evento, os
parceiros cediam as imagens para compor a
coluna social, que também trazia um pensa-
mento. “A frase do dia era bastante lida. As
pessoas chegavam em mim, e diziam que o
pensamento foi direcionado para elas. Mas,
era tudo aleatório, não pensava em ninguém

festa era registrado pelo colunista,
que trazia um olhar diferente e
uma linguagem original do mun-
do social.
A rotina glamorosa do profes-
sor, que atuava na época na Direto-
ria de Ensino de Adamantina, teve
início ainda quando o jornalista
Sérgio Vanderlei assinava o colu-
nismo social do Diário do Oeste.
Neste período, Doni assessorava o
amigo com registros dos aconteci-
mentos do qual participava.
Em meados de 1997, quando
Sérgio Vanderlei deixou o Diário
do Oeste para inaugurar o jornal
IMPACTO, surgiu a oportunidade
de Doni assumir definitivamente
a coluna Voga, dando uma nova
cara para o colunismo social
adamantinense. Começava então
a Voga by Doni. Presente em todos
os tipos de festas, logo se tornou
figura cativa nas rodas das per-
sonalidades, conhecendo os mais
diversos públicos.
“Como atuava há muito tempo
na área da educação, já conhecia muita gente, o
que ajudou no início. Muitos professores, dos
mais diversos grupos sociais da cidade, eram
minhas fontes, então circulava por todos os
meios”, relembra.
Em pouco tempo se tornou figura emble-
mática em Adamantina. Quando chegava aos
eventos, sua atenção era disputada, muitas
vezes visando garantir aquele flash que sairia no
dia seguinte nas páginas do jornal. “Chegava
em um evento, dava uma olhada geral e já me
direcionava para as pessoas mais conheci-
das para ter um registro. Conversava, ficava
sabendo dos acontecimentos e, além da foto, já
garantia uma nota para a coluna”.
Trazendo as “notícias” das personalidades,
Doni não poupava ninguém. Contava quem iria
se casar, quem estava se separando, as festas de
sucesso, tudo que movia o mundo social. “Os ‘ti
ti ti’ eram outra marca da Voga”, conta.
Em apenas um evento, o colunista tirava
mais de 100 fotos. Porém, nem todas saiam na
coluna. “Havia uma seleção, e sempre buscava

80 REVISTAVOX.COM | DEZEMBRO 2019

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