VOX - #13

(VOX) #1

86 REVISTAVOX.COM | DEZEMBRO 2019


O que você vai ser quando crescer? Talvez esta tenha sido uma das perguntas mais
comuns durante a infância de muitos leitores. Alguém se lembra?
Antes dos anos 2000 as respostas traziam profissões tradicionais como as de mé-
dico, enfermeira, advogado, engenheiro. Então veio a era digital e as crianças, cada vez
mais conectadas, foram além: ‘Quero ser youtuber, quero ser vloguer’. Frases que sur-
preendem e despertam curiosidade até mesmo em adultos já acostumados a consumir
todo tipo de vídeo no terceiro maior e mais acessado site do mundo, o YouTube. Isso
porque apesar de a plataforma já ter completado 15 anos de vida, a profissão youtuber
pode ser considerada recente.
Nomes como Whindersson Nunes, Felipe Neto, Luccas Neto e Kéfera Buchmann,
com 36,8, 34,3, 26,4 e 11 milhões de inscritos respectivamente, colaboraram para essa
mudança nos sonhos de crianças e jovens. Fenômeno de público, esse quarteto é exem-
plo de quem fez e tem feito do site o ambiente para uma nova profissão e faturado alto
com parcerias e publicidade.
Estes quatro são apenas um pequeno exemplo de percursores brasileiros que arras-
taram milhões de seguidores pelo país. Mas a plataforma está repleta de criadores de
conteúdo de todos os segmentos já imaginados. Música, fotografia, beleza, decoração,
arquitetura, gastronomia e muito mais está ali, a um click de distância. Os conteúdos
podem ser acessados de forma gratuita e hoje são fonte não apenas de entretenimento,
mas também de conhecimento.
Apesar de popular no Brasil, o site de compartilhamento de vídeos é mais utiliza-
do para produção e postagem de conteúdo nos EUA e Inglaterra, e tem mais material
consumido nos EUA e no Japão. E o mais curioso. Lançada em dezembro de 2005, a
plataforma recebe a cada segundo, 10 novos vídeos. Então, mesmo que alguém (de
qualquer nacionalidade) se dedicasse, por toda a vida, a assistir tudo que está disponí-
vel lá, o tempo seria insuficiente.
Mas por que o YouTube ganha cada vez mais espaço em relação a outras mídias
como, por exemplo, as redes de televisão, e ainda atraído pessoas para criar seus
próprios conteúdos? A resposta é simples: a plataforma dá acesso a uma diversidade
de temas em seus vídeos, tanto para quem cria quanto para quem consome, de forma
rápida, gratuita (ou paga, caso o usuário prefira não ser incomodado pela publicidade
antes, durante e depois dos vídeos) e a qualquer momento.
Uma amostra deste cenário foi a pesquisa realizada pela Provokers há cerca de três
anos, que demonstrou que 85 milhões de brasileiros assistiam a vídeos online, e deste
total, 82 milhões faziam isto pelo YouTube. Ou seja, a audiência é gigante.
Mas se engana quem acredita que a criação de vídeos para a plataforma se restringe
apenas aos grandes centros e capitais. Os youtubers estão espalhados mundo afora,
inclusive aqui na Nova Alta Paulista.

por IARA VALIENTE | fotos MAILA ALVES

Produzir conteúdo e gravar vídeos, seja para vender a própria imagem,
produtos ou serviços, é cada vez mais comum e uma atividade atraente entre
as novas gerações. Sinal dos tempos e da evolução das profissões

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