Todos os parceiros sexuais devem ser simultaneamente tratados, de maneira a se
evitar a re-infecção. Pelo menos até que se tenha a certeza de cura, os pacientes
devem utilizar preservativos em todas as relações sexuais.
A doença não confere imunidade permanente, portanto a reinfecção é possível e
deve ser diferenciada da falha terapêutica. A resistência aos imidazólicos é possí-
vel, porém é usualmente dose-dependente, bastando-se o retratamento com uma
dose maior e/ou mais prolongada.
Prevenção
Evita-se a transmissão do parasita causador da doença praticando o sexo seguro,
ou seja, pela adequada higiene genital, diminuindo-se o número de parceiros se-
xuais e usando-se preservativos. Tanto o preservativo masculino quanto o feminino
provaram-se eficazes em reduzir as chances de contaminação.
Linfogranuloma venéreo
O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma doença sexualmente transmissível cau-
sada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Caracteriza-se pelo aparecimento de
uma lesão genital (lesão primária) e que se apresenta como uma ulceração (ferida)
ou como uma pápula (elevação da pele). Seu período de incubação varia de 7 a
30 dias. A transmissão mais frequente dá-se através da relação sexual. O reto de
pessoas cronicamente infectadas é reservatório de infecção.
Quadro clínico
O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital
de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma pequena feri-
da ou como uma elevação da pele. Essa lesão é passageira e, muitas vezes, não é
identificada, passando despercebida pelos pacientes.
Após um período de duas a seis semanas, surge um inchaço doloroso dos gânglios
de uma das virilhas, denominado bubão, que é mais perceptível nos homens. Se
esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâ-
neo e formação de feridas que drenam pus.
Entre a contaminação e o surgimento do bubão, podem ocorrer sintomas gerais
discretos, como febre e dores musculares e articulares.
Devido à fibrose dos gânglios e consequente dificuldade de drenagem linfática,
pode ocorrer a elefantíase dos órgãos genitais. Na mulher, o comprometimento de
gânglios ao redor do reto pode levar ao estreitamento retal.