Coleção os Alimentos e seus Benefícios - Edição 07 (2019)

(Antfer) #1

Transmissão e epidemiologia


O vírus existe no sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais e leite materno de do-
entes ou portadores assintomáticos. Sua transmissão pode ser realizada por con-
tatos diretos com saliva, sangue e fluídos corporais (pequena quantidade). O vírus
é muito mais resistente e de transmissão mais difícil que o HIV. Ele persiste mais
tempo em instrumentos, como agulhas, mas é destruído pela lavagem cuidadosa
e esterilização pelo calor. Resiste por vezes ao pH baixo (ácido), calor moderado e
temperaturas baixas. É capaz de sobreviver no ambiente por pelo menos uma semana.


Progressão e sintomas


O período de incubação da doença vai de 4-12 semanas, enquanto que o perío-
do da infecção vai de 2-12 meses. Segue-se em 25% dos casos uma hepatite de
progressão rápida com episódio agudo caracterizado por icterícia (pele e con-
juntiva dos olhos amarelas), febre, falta de apetite (anorexia), mal estar, urina cor
de vinho do porto (também descrita como semelhante a coca-cola), náuseas e
comichão(também são relatados casos de urticária e rash cutâneo em membros
inferiores). Cerca de 75% poderão ser sem sintomas mas mesmo assim em risco de
desenvolvimento de cronicidade. Estes sintomas duram de 2 semanas a 3 meses.
O que sucede a seguir depende da resposta do sistema imunológico.


Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico da hepatite B deve não só identificar as pessoas com anticorpos
contra a doença, mas também diferenciar aqueles que já tiveram a doença aguda,
mas estão nessa altura curados, dos com hepatite crónica que necessitam de vigi-
lância e tratamento. São usadas técnicas elaboradas de detecção de antigênios e
anticorpos que surgem em diferentes estágios da doença.


Não há tratamento eficaz para a hepatite B. A única medida é a prevenção através
da vacina, que é eficaz. Abstinência de comportamentos de risco, tais como: sexo
promíscuo e uso de seringas compartilhadas.


Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS ou SIDA)


A síndrome da imunodeficiência adquirida é uma doença do sistema imunológico
humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).


Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença,
não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antiretroviral reduz a
mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são
caros e o acesso a medicamentos antiretrovirais de rotina não está disponível em
todos os países. Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção
da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organi-
zações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na
tentativa de retardar a propagação do vírus.

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