Placar

(BrasilTuga) #1
Esse texto, que poderia ser um resumo do experimentado recen-
temente nos Jogos Olímpicos, é melhor do que isso, é uma explicação
da vida que nos toca transitar além dos esportes e que o autor da ex-
posição Somos todos iguais, o publicitario Mario D’Andrea, diz em
seu depoimento de abertura, acompanhando as 20 imagens que ten-
tam contribuir na luta contra um dos piores tabus que marca nossa
sociedade: a discriminação, que torna nosso dia-a-dia mais relevante
pelas diferenças que pelas igualdades... D’Andrea é filho de italianos -
o primeiro brasileiro da família - e muitas coisas boas de sua vida vie-
ram de pessoas diferentes dele, segundo seu próprio testemunho, que
inspiraram esta amostra: “Meus grandes amigos de infância eram fi-
lhos de espanhóis e portugueses. Na minha escola estadual, havia ne-
gros, coreanos, brasileiros de todo lugar. No bairro, apenas uma divi-

são: os bons de bola e os ruins — eu nasci ruim. Meu passeio prefe-
rido era ir ao Bom Retiro com meu pai e ouvir as brincadeiras entre
ele e seus clientes judeus. Ao mesmo tempo, aprendi a amar comida
árabe por causa dos vizinhos libaneses. Essa mistura continua até
hoje. Minha esposa tem sangue polonês. E trabalho numa grande em-
presa japonesa*. O que sou hoje, como pessoa, é fruto dessa mistura
e desse eterno aprendizado. Torço para que meus filhos tenham a
mesma chance de viver assim, cada vez mais misturados. Assim, a
vida fica muito mais rica. E muito mais divertida”. Se todos fossemos
como ele, nos Jogos recentemente disputados em Rio de Janeiro não
teriamos vivido, por exemplo, as reprováveis cenas de xenofobia as
quais assistimos constrangidos.
* D’Andrea atualmente é CEO da agencia publicitaria Dentsu Brasi.

AtrAvés dAs lentes de umA câmerA...


Somos todos iguais


“Pessoas diferentes, de lugares diferentes. Cores, credos, sotaques, mundos diferentes. Entre elas, apenas uma camera fotográfica.
Porque uma camera não julga, apenas fotografa. E tenta sempre mostrar o melhor ângulo de alguém.
Não seria bom se tudo fosse assim, sem julgamentos? São as diferenças que criam uma vida mais rica, mais interessante.
E é isso que queremos celebrar. O respeito pelas diferenças.
E a descoberta: quanto mais convivemos com pessoas diferentes, mais nos tornamos parecidos”.

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