Máxima Brasil - Edição 77 - (Setembro 2016)

(BrasilTuga) #1
DANOS NOS RINS
Males como o diabetes, a pressão alta e a obesidade
debilitam o organismo, especialmente os rins, que
costumam sofrer por anos em silêncio. O teste que
mede os níveis de creatinina checa a saúde do órgão.


  • O PERIGO “Quanto mais elevada for
    a creatinina no sangue, menor o grau de
    funcionamento dos rins”, garante Fabiana.

  • SINTOMAS^ Quando os rins falham, o primeiro
    sinal vem na urina — fi ca pálida ou amarelada
    demais, pode conter sangue ou aparecer espumosa.
    As idas ao banheiro aumentam, sobretudo durante a
    noite. Os membros tendem a inchar e é possível ter
    fadiga, sabor metálico na boca e dor nas costas.

    • ATENÇÃO A periodicidade do teste de
      creatinina deve ser mais rigorosa na presença
      de risco para doença renal crônica. Entram
      na lista: portadores de hipertensão,
      diabetes e doença cardiovascular;
      obesos, tabagistas, pessoas com
      histórico familiar e os que fazem uso
      contínuo de medicamentos
      nefrotóxicos ou de suplementos
      FOTOS, SHUTTERSTOCK proteicos sem orientação.




SETEMBRO 2016 maxima.uol.com.br 39

ALTERAÇÕES NA TIREOIDE
A bagunça causada pelas desordens nessa
glândula, que regula o ritmo metabólico do
organismo, é tamanha que só mesmo o exame que
dosa as taxas de TSH — o hormônio estimulante
da tireoide — pode dar um norte para o médico
e o paciente quanto à conduta a ser adotada.


  • O PERIGO Como os hormônios da tireoide
    fazem as células trabalhar e garantem que tudo
    funcione corretamente no corpo, quando há algum
    desequilíbrio, o metabolismo dos órgãos é afetado.

  • SINTOMAS Cansaço excessivo, dores
    nas articulações e nos músculos, aumento do
    colesterol, intestino lento, alterações no
    crescimento e ganho de peso sem explicação
    podem ser sinais de hipotireoidismo. Já o
    hipertireoidismo causa emagrecimento,
    sensação de coração disparado,
    intestino solto, agitação e insônia.

  • ATENÇÃO O exame é indicado
    mediante histórico da paciente
    ou suspeitas. Independentemente
    de sintomas, deve ser realizado por
    mulheres com mais de 40 anos.


da questão
Você não precisa se
desesperar e cobrar o seu
médico com urgência sobre
esses exames. Mas fique
atenta ao estado geral de sua
saúde e se faz parte de
algum grupo de risco.

DEPÓSITO DE FERRO
Todo mundo sabe que a defi ciência desse mineral
é a causadora da anemia. Mas vale ressaltar que
há uma condição clínica, a hemocromatose
hereditária, que leva o organismo ao outro extremo
— o acúmulo. “Trata-se de uma predisposição
à absorção maior do nutriente do que o organismo
é capaz de eliminar. Assim, há o aumento do
ferro circulante no organismo e um acréscimo
do depósito dele em algumas áreas”, explica Hélio.


  • O PERIGO O maior risco é o dano aos órgãos
    e tecidos. Podem ocorrer alterações no coração
    e na tireoide, doença hepática (fígado),
    escurecimento da pele e problemas reprodutivos
    (disfunção erétil, nos homens; amenorreia
    ou fl uxo menstrual irregular, nas mulheres).

  • SINTOMAS^ Sensação de fadiga e
    fraqueza, alteração do tom da pele, dores
    nas juntas, dor de cabeça e, em alguns casos,
    aumento do fígado. Quem tem pessoas
    com a doença na família não deve pensar
    duas vezes antes relatar ao médico.

  • ATENÇÃO Você pode estar dizendo: “Mas
    eu nunca ouvi falar de depósito de ferro... Será
    que existe mesmo motivo para preocupação?”.
    Bem, no Brasil ainda não há levantamento, no
    entanto na Alemanha, por exemplo, já é sabido
    que o problema é mais comum que a anemia.


DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D
Também conhecida como hipovitaminose D pode
acometer mais de 90% das pessoas, dependendo
da região em que vivem e a época do ano. Em
geral, não existem sinais de défi cit de vitamina D.


  • O PERIGO “A carência crônica pode levar
    ao raquitismo e à defi ciência de crescimento na
    infância e ao desenvolvimento de osteopenia e
    osteoporose, além de fraqueza muscular, na fase
    adulta”, diz Fabiana Gouveia Alves Tabegna,
    nefrologista do laboratório Fleury Medicina e Saúde
    (SP). E não acaba aí. “Estudos demonstraram ainda
    a associação entre hipovitaminose D com doenças
    cardiovasculares, diabetes, alterações autoimunes
    e até alguns tipos de câncer. São necessários mais
    estudos, mas o alerta é válido”, observa a expert.

  • SINTOMAS Gripe, fraqueza, psoríase, doença
    renal crônica, diabetes, asma, doença periodontal,
    insufi ciência cardíaca, esquizofrenia e depressão.

  • ATENÇÃO Os principais grupos de risco incluem
    idosos, obesos, grávidas, lactentes, portadores de
    osteoporose e de doença renal ou hepática e os
    portadores de síndromes de má absorção intestinal.
    Também devem fi car atentos os indivíduos em uso
    crônico de medicamentos que interferem no
    metabolismo da vitamina D, como corticoides,
    anticonvulsivantes e antifúngicos, e aqueles
    em condições que limitam a exposição solar.


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