44 maxima.uol.com.br SETEMBRO 2016
Qualquer conflito
de relacionamento
pode ser resolvido
Muito pelo contrário. Pesquisadores
americanos dizem que, na verdade,
69% deles são perpétuos e
recorrentes. Então, nesses casos,
o essencial mesmo é a aceitação
das diferenças de personalidade
do outro. É o que os especialistas
chamam de gerenciar conflitos
— já que eles não são passíveis
de uma solução definitiva.
O antídoto usado é o diálogo
aberto e constante, para evitar que
essas discordâncias se acumulem
e virem ressentimentos sérios.
“Quando isso não ocorre, aumenta
a incidência daquelas explosões
típicas, nas quais um casal começa
discutindo por uma coisa boba,
como o excesso de sal no arroz ou
a desorganização, e, quando se
dá conta, está fazendo acusações,
falando mal da família, do tipo de
educação recebida...”, diz Rosely.
AMOR E SEXO
MITOS
SOBRE
RELACIONAMENTO
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FOTO, SHUTTERSTOCK
Muitas afirmações já feitas sobre
as relações são falsas e podem ser
destrutivas se encaradas como verdades
absolutas. Veja por que você deve
contestá-las! por Patrícia Affonso
O casamento
civil é apenas um
pedaço de papel
Não é bem assim... “A união ‘de
papel passado’ ainda é muito
valorizada em nossa sociedade. É
um rito transmitido por gerações,
que indica uma condição mais séria
e aceita de relacionamento”, diz
a psicóloga Letícia Guedes (GO).
Estudos realizados ao longo de 50
anos estabelecem que, em países
desenvolvidos, a maior fonte de
saúde, bem-estar, longevidade e
riqueza para os filhos é um casamento
estável satisfatório. E que aqueles que
vivem sozinhos morrem mais cedo,
são menos saudáveis e ricos. “Não se
sabe o porquê desse impacto. O fato
é que as pessoas buscam segurança
e, de certo modo, a regularização traz
esse sentimento”, afirma a psicóloga
e terapeuta sexual Rosely Salino (SP).
Mas atenção: assinar o papel deve ser
uma decisão muito bem pensada para
não trazer dores de cabeça no futuro.
O amor basta
Você já deve ter ouvido
histórias de casais que, apesar
de se amarem muito, não conseguiram
levar adiante a união. “Isso acontece,
sobretudo, porque o amor se
transforma. Há fases com mais
romance e sexo e outras nas quais
prevalece a cumplicidade e a parceria.
Nem todo mundo sabe lidar com essas
variações. Além disso, damos nome
de amor para muita coisa que não é.
O amor incondicional aceita a pessoa
como ela é. E, na contramão disso,
o que mais fazemos quando estamos
com alguém é impor condições”,
garante Rosely. Admiração, respeito,
paciência, objetivos em comum...
Todos esses itens são importantes
para que a relação se mantenha,
especialmente diante de uma crise.
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