Máxima Brasil - Edição 77 - (Setembro 2016)

(BrasilTuga) #1
SETEMBRO 2016 maxima.uol.com.br 45

FOTO, SHUTTERSTOCK


Conflito é sinal de
que você está numa
relação ruim
É impossível fugir de percalços na
vida a dois. Afinal, unem-se sob
o mesmo teto duas pessoas com
educação, valores, personalidades
e ideias diferentes. Sendo assim,
os desentendimentos são normais
e não devem ser encarados como
um mal insolúvel. “O conflito pode
ser a oportunidade para realinhar
os propósitos da relação”, acredita
Tatiana. O problema é que muitos
casais evitam ter uma conversa mais
séria e fingem ignorar as divergências.
Resultado: acabam se distanciando
ou potencializando questões que
poderiam ser facilmente resolvidas.
“Sempre desconfio daqueles casais
que dizem que nunca brigam. No geral,
eles vão guardando insatisfações e,
com o passar do tempo, elas viram
mágoas”, pontua Rosely. O diálogo
é o melhor caminho. “Cada conflito
resolvido confere mais intimidade ao
casal, que reúne recursos para superar
os momentos difíceis”, acrescenta
Tatiana. Busque o meio-termo, ou seja,
ceda em alguns pontos.

Falar das feridas
emocionais do
passado piora tudo
Não podemos mudar um fato que
ficou lá atrás. No entanto, dá para
aprender a enxergar a situação sob
uma nova ótica e tirar lições dela.
“Se algo vivido há tempos ainda
causa brigas, mágoa e raiva é
importante que a questão seja,
de fato, esclarecida e entendida
pelo casal”, diz a terapeuta de
casal e família Tatiana Leite (SP).
Resumindo: melhor encarar os
fantasmas do passado e exorcizá-
los de vez do que ficar remoendo
antigas dores, que impedem que o
presente seja vivido plenamente.
Desenterrar os problemas não é
simples. Se necessário, procure
uma terapia de casal.

Se um relacionamento
precisa de terapia, já
é tarde demais
Calma, não é por aí. Estima-se que
ocorram 900 mil divórcios por ano
nos Estados Unidos, e que menos
de 10% dos casais buscam ajuda
profissional. “A terapia não é uma
fórmula mágica que irá consertar
as coisas, mas é um canal para o
homem e a mulher se entenderem,
aprenderem a lidar melhor com as
dificuldades e buscarem maneiras
de mudar a convivência”, diz Letícia.
Por vezes, o simples fato de reservar
esse momento, em meio à rotina
atribulada, para falar da relação, já
melhora as coisas. A mediação de
uma pessoa experiente, que não fará
julgamentos sobre as atitudes do
casal, faz toda a diferença.

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É a compatibilidade
que faz a união
funcionar
Não necessariamente. “É verdade
que gostos em comum e outras
afinidades são reconfortantes e
ajudam o casal. Porém, o que torna
a união atraente, de verdade, são
as divergências que encontramos
no parceiro, aquilo que nos
desperta curiosidade, mistério...”,
garante Letícia. Uma relação com
compatibilidade absoluta tende a
ficar monótona. A desigualdade é
um tempero bem-vindo, que amplia
a nossa visão de mundo.
Para confirmar isso, um estudo
descobriu que os feromônios
(hormônios sexuais) que nos
atraem mais são os de pessoas
geneticamente diferentes de nós.

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