Elle - Portugal (2019-03)

(Antfer) #1
odemos considerar que, se a história da Lanvin fosse escrita
e contada tendo apenas por base os últimos quatro anos
se aproximaria mais de uma tragédia grega do que pro-
priamente uma epopeia (numa analogia com o universo
literário). Desde da saída de Alber Elbaz que a Maison
tem passado por tempos tumultuosos que fizeram com que o seu
índice de popularidade descesse a pique. Foi precisamente por
esse motivo que nos decidimos debruçar sobre o assunto – bem
ao estilo de Sherlock Holmes, de lupa e cachimbo em riste – e
tentar perceber o que aconteceu a esta marca tão icónica. E já
agora, se com a chegada do seu novo diretor criativo, Bruno
Sialelli, a marca pode finalmente dar a volta por cima?
Vamos dar início então à nossa investigação, e claro que, como
bons detetives que somos, vamos começar pelo princípio. No
caso, vamos regressar até ao ano de 1889, altura em que com
apenas 22 anos Jeanne Lanvin abriu a sua primeira loja. Bem, na
verdade, o seu pequeno espaço (já que este se tratava apenas de
uma mezanine) situado no número 16 da rue Boissy d’Anglas,
Paris. Inicialmente, e à semelhança do que aconteceu com Coco
Chanel, ela dedicava-se apenas a fazer chapéus, ofício que tinha
aprendido desde jovem. As peças eram um sucesso nas ruas de
Paris, e o negócio cresceu, fazendo com que conseguisse (pos-
teriormente) abrir a sua própria loja na rue du Saint-Honoré.
O primeiro grande ponto de viragem da história da Lanvin

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V

LANVIN FW 17/18

LANVIN FW 13/14 LANVIN FW 15/16


LANVIN SS 12
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