Loud! - PT (2020-01)

(Antfer) #1
sendo alimentadas em seu torno apregoavam algo
de diferente e estimulante dentro do death metal.
3VEFIQGSPSGEVSVɸXYPSHIHIEXLQIXEPRYQHMWGS
GSQSIWXIɯRɩSWɸGSQTPEGIRXITEVEGSQEFERHE
QEWWSFVIXYHSSJIRWMZSTEVEGSQSKɯRIVS3/E
agressividade patente em temas como «Dark» ou
«Shadows», nos quais o registo gutural de Timo Ro-
tten assume especial destaque, anda ali pelas mar-
gens do que de mais moderno se vai fazendo dentro
HSIWXMPSIEXɯEGEFETSVWIVSXIVVMXɸVMSRSUYEPSW
3GIERWWIQSZIQQIPLSV2SIRXERXSEMRƥYɰRGME
nu metal do início do presente milénio assume as
rédeas de uma sonoridade que, não raramente, soa
HIQEWMEHSHSGIIQIPɸHMGETEVESWIYTVɸTVMSFIQ
I\EGIVFERHSEQIPSHMEIYQɳQTIXSQEMWIQSXMZS
do vocalista, que não é, de todo, a sua praia, e geran-
do momentos de maior envolvência que têm tanto de
IƤGE^IWTIPSGSRXVEFEPERɭSUYIGVMEQGSQEJEGIXE
mais agressiva – ouça-se «Paralyzed», «Legions
Arise» ou «Polaris» –, como deslizam com alguma
facilidade para o redundante e aborrecido. O balanço
ƤREPɯTSWMXMZSISYZIQWITSVEUYMMRHɳGMSWGPEVSWHI
EPKSQEMSVQEWEXIRɭɩSɦWI\TIGXEXMZEW [6.5] R.A.

RUNNING WILD
«Crossing The Blades»
[Steamhammer / SPV]
Com «Rapid Foray» a cele-
brar o terceiro aniversário,
os Running Wild atalham
EXɯESTVɸ\MQSHMWGSGSQ
m'VSWWMRK8LI&PEHIW|GSQUYEXVSQɽWMGEWRSZEW
entre elas uma coverHIm7XVYXXIV|HSW/MWW'SQE

temática pirata já instalada há mais tempo do que
conseguimos pensar, já pouco nos serve prolongar
SUYIM\YQIEGIVGEHMWWSTSVXERXSTEVIGIPɸKMGS
ETSRXEVETIREWXYHSSUYIɯTMVSWSIERIHɸXMGS
Logo na abertura de «Crossing The Blades», uma
melodia digna de qualquer parque temático inva-
HIRSWSWSYZMHSWNYRXEQIRXIGSQEMRI\MWXɰRGME
HSFEM\SIYQEFEXIVMEUYIXERXSJEVMEPɧIWXEVSY
não, enquanto aquela lenga lenga do “um por todos
IXSHSWTSVYQű XEPZI^STVɸ\MQSɧPFYQQYHIE
temática para os Três Mosqueteiros) torna tudo
um pouco mais inaudível do que já é. «Stargazed»
não foge muito ao que lhe antecede e «Ride On
The Wild Side» mais parece ter sido retirada da
banda-sonora de uma série juvenil – não é apenas
GSRWXVERKIHSVɯQEYɯEFEM\SHITMVSWS'SQS
tantas outras bandas, os Running Wild são um
prolongamento do ego que luta para sobreviver
através de um nome que em tempos vingou. O que
WIWEJERIWXEWUYEXVSQɽWMGEWɯQIWQSEcover,
que sempre nos limpa um pouco o palato. [3] M.L.

SCHAMMASCH
«Hearts Of No Light»
[Prosthetic]
%TɸWEGSPSWWEPSFVEũQEMW
pela dimensão, do que pro-
priamente pelo impacto que
gerou – que foi «Triangle»,
IHMXEHSIQIVEGSQEPKYQEI\TIGXEXMZEUYI
aguardávamos o regresso dos suiços Schammas-
ch, principalmente para se perceber qual o rumo
EXSQEVETɸWIWTVIQIVIQXSHEYQEJɸVQYPERS

«Muladona»


[,91197]

RORCAL


P


SVXIVWMHSPERɭEHSXɩSXEVHIRSERSSRSZSɧPFYQHSW6SV-
cal vai ser, por certo, uma das mais injustiçadas ausências
HEWPMWXEWHSWQIPLSVIWHI3UYIɯYQETIRETSV-
UYIREZIVHEHIRɩSWɸIWXEQSWTIVERXISPSRKEHYVEɭɩSQEMW
GSQTPIXSUYIEWWMREVEQESPSRKSHEWYEGEVVIMVEũSUYIRɩSɯHM^IVTSYGSXIRHSIQGSRXEE
UYEPMHEHIHSUYINɧƤ^IVEQũGSQSXIQSWIQQɩSWYQHSWKVERHIWVIKMWXSWHII\XVIQMWQS
LɳFVMHSHSERSGSQSGSPIGXMZSWYɳɭSEETVS\MQEVEMRHEQEMWYQTSYGSHETIVJIMɭɩSEWYEQMW-
XYVEHIWPYHKIIRIKVIGMHSITSWXQIXEP8ɩSEZIRXYVIMVEUYERXSZMSPIRXEEEFSVHEKIQHSKVYTS
RSm1YPEHSRE|UYIɯYQVIKMWXSGSRGIMXYEPFEWIEHSRSVSQERGIHSQIWQSRSQIHEEYXSVME
HI)VMG7XIRIV'EVPWSRETSMEWIRYQWIRXMHSHIGSQTSWMɭɩSETYVEHSIHMRɨQMGSUYIXVE^TEVES
WSQHSW6SVGEPXSHSWSWIPIQIRXSWRIGIWWɧVMSWũFPEGOHSSQHVSRIũTEVEUYIEQɽWMGEXIRLE
EEXQSWJIVEIMRXIRWMHEHIGIVXEWTEVEGSRXEVIQYQELMWXɸVMEUYIIRZSPZIYQIWTɳVMXSHIQSRɳEGS
HIZMWMXEEYQEGVMERɭEHSIRXIIQRS8I\EW'SQEWREVVEɭɺIWSGEWMSREMWHII\GIVXSW
HSPMZVSEXSVREVIQSVIWYPXEHSEMRHEQEMWGVIHɳZIPIEWWYWXEHSVSUYISWQɽWMGSWETVIWIRXEQ
WɩSWIXILMWXɸVMEWHILSVVSVIEƥMɭɩSJIMXEWHIEXQSWJIVEWIXɯVIEWHIWGEVKEW^ERKEHEWHIVMJJW
II\TPSWɺIWTIVGYWWMZEWYPXVEZMSPIRXEWUYIXSVREQSXSHSZIVHEHIMVEQIRXIMRXIRWS[9] J.M.R.

NERO DI MARTE
«Immoto»
[Season Of Mist]
Esta banda italiana já havia
dado nas vistas com os dois
trabalhos anteriores e, agora
na Season Of Mist, promete
fazer ecoar o seu post/prog/death ainda mais além.
Falamos de longas composições, com tanto de teor
I\TIVMQIRXEPGSQSGSQTPI\SIHIGVIWGIRHSWWYƤ-
GMIRXIQIRXIEQTPSWTEVEHIM\EVIQRSSYZMRXIYQE
TSRXEHIWYVTVIWE%ƤREPSUYIZEMEGSRXIGIV#
'LIKEQSWESƤQHIWXIGEVVSWWIPHIIQSɭɺIWGSQ
a sensação de termos visto os Ulcerate algures na
viagem, ao mesmo tempo que escutávamos uma
opereta dramática. «Sisyphos» abre o álbum em
registo sinistro, perigosamente calmo, cedo se ins-
taurando um controlado caos de riffs justapostos
e batidas frenéticas, hoje cortesia de Giulio Galati,
XEQFɯQFEXIVMWXEHSWI\GIPIRXIW,MHISYW(MZMRMX]
Se os Mastodon quisessem fazer um álbum de
homenagem aos Neurosis cantado em italiano, era
mais ou menos a isto que soaria. [7] N.S.


NOCTURNAL DEPARTURE
«Cathartic Black Rituals»
?6IHIƤRMRK(EVORIWWA
O pendor para edições limi-
tadíssimas que se transfor-
mam em objectos de colec-
ɭɩSHIPY\STSYGEWLSVEW
depois de terem sido disponibilizadas é hoje quase
uma inevitabilidade no cenário underground, mas o
trio canadiano Nocturnal Departure parece apostado
IQJE^IVGLIKEVEWYEQɽWMGEESQɧ\MQSHITIW-
soal possível – o que, tendo em conta a qualidade
HSUYIWISYZIEUYMɯQIWQSWɸWEPYXEV7IQUYI
se possa colocar esta gente na gaveta do raw black
metal, a aura desta estreia – sim, ao contrário do
que é costume, não há qualquer gravação anterior
a este registo – é necro q.b. sem, no entanto, soar
como se tivesse sido captada num quatro pistas.
Basta, de resto, a dupla de temas de abertura – um
I\IVGɳGMSHIsynths dissonantes, seguida de uma
descarga de tremolo picking furioso, para perceber-
mos ao que vamos. «Cathartic Black Rituals» é uma
homenagem assumida (e muito sentida) ao black
metal como era nos 90s – o da segunda vaga, por-
tanto. Não é, por isso, estranho que, ao longo dos
30 minutos que dura o disco, o grupo nunca opte
TSVWEGVMƤGEVEUYEPMHEHIHSWVMJJWIQTVSPHEUYIPE
atmosfera nebulosa que é tão popular nos tempos
que correm. Pelo contrário, mantêm-se focados na
descarga impiedosa, com a dose certa de melodias
orelhudas e espasmos thrash. O som é, como
referido, bastante equilibrado, permitindo que a
vibração dos graves se ouça com uma nitidez invul-
gar e a prestação vocal maníaca de Funeror esteja
sempre em primeiro plano. Nada interessados em
reinventar seja o que for, mas revelando um pendor
TEVEEGSQTSWMɭɩSHMRɨQMGESWXVɰWQɽWMGSWGVMEQ
um monumento de gelo que se entranha, com um
ɧPFYQHIIWXVIMEIQUYIƤGEQRETSWMɭɩSTIVJIMXE
TEVEWIEƤVQEVIQGSQSYRWRSZSW'VEJX [8] J.M.R.


OCEANS
«The Sun And The Cold»
[Nuclear Blast]
Meio austríacos, meio ale-
mães, aos Oceans bastaram
dois EPs para despertar a
atenção da gigante Nuclear
Blast e colocar a sua chancela na estreia da banda.
«The Sun And The Cold» apresenta-se, por isso,
GSQSYQEKVERHIMRGɸKRMXEWSFVISUYIHEUYMTS-
HIVɧVIWYPXEVEXɯTSVUYIEWI\TIGXEXMZEWUYIJSVEQ

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