Loud! - PT (2020-01)

(Antfer) #1
disco anterior. Embora bem mais comedidos, a
propensão para criar discos longos continua a ser
uma assinatura da banda, mesmo quando pouco
SYREHELɧEHM^IVRSHIGYVWSHIYQEJEM\EHI
quinze minutos como a que encerra «Hearts Of
No Light» e que pouco ou nada lhe acrescenta. E é
pena que assim seja, isto porque estamos perante
um regresso que surpreende pela positiva, ao
mostrar um grupo que soube dar um passo atrás,
que teve a capacidade de reinventar a sua sonori-
dade e de procurar apresentar mais com menos.
«Hearts Of No Light» é o disco mais acessível
dos Schammasch, mostrando uma capacidade
de manter a agressividade e a negritude que os
caracterizam em doses generosas e, simultanea-
QIRXIEHMGMSREVYQWIRXMHSQIPɸHMGSWYTSVXEHS
em momentos de maior envolvência, em arranjos
GPɧWWMGSWIRYQYWSQEMWHMZIVWMƤGEHSHIZS-
calizações que confere uma louvável dinâmica
ao desenrolar deste registo. E às tantas damos
TSVRɸWTIVERXIQSQIRXSWSVUYIWXVEMWUYISVE
nos remetem para uns Dimmu Borgir – ouça-se
os momentos iniciais do disco –, ora conferem
XSHEYQEEYVEPMXɽVKMGEUYIGEVEGXIVM^ESWXVEFE-
lhos mais recentes dos Behemoth, que dão aos
Schammasch a base sonora ideal para um impac-
to que agradará aos seguidores da banda e que
certamente atrairá outros tantos, menos habitua-
HSWESWI\XVIQMWQSWHISYXVSWXIQTSW&EPERɭS
e ponderação parecem ser palavras de ordem em

SYLVAINE / UNREQVITED
«Time Without End»
[Prophecy]
Estas duas entidades musi-
cais, formadas por elementos
solitários, têm em comum
a melancolia e a atmosfera,
ingredientes que confecionam comreceitasdistintas
e resultam bem na mesma refeição. A norueguesa
/EXLVMRI7LITEVH 7]PZEMRI
WIVZIHSMWXIQEWHI
entrada: «No More Solitude» é mais aprazível, com
uma bela linha de piano a dominar os quase seis
minutos que o perfazem, enquanto «Falling» assenta
RYQHIHMPLEVHIKYMXEVVEEGɽWXMGEEPKYVIWIRXVIYQE
Chelsea Wolfe menos negra e a faceta mais suave
HEZM^MRLE1]VOYVm-RXIV[SZIR|ETVMQIMVEHEWHYEW
canções de Unreqvited, one-man project do enigmá-
tico HIM\ESLEFMXYEPFPEGOQIXEPHITVIWWMZSRE
dispensa, e envereda por caminhos com ambiências
etéreas, que remetem automaticamente para a na-
tureza virgem. «Fields Of Elysium» acrescenta peso,
num tema de post rock pejado de teclados que encer-
ra este split de forma mastejosa. «Time Without End»
é um repasto agradável, mas não chega para matar a
fome a ouvintes com apetite voraz. [6] J.A.R.

TYGERS OF PAN TANG
«Ritual»
[Avalon]
Aviso à navegação, espera-se
TEVESTVɸ\MQSTEVHIERSW
um forte ataque de nomes da
NWOBHM, uma vez que se
completam os 40 anos sobre o movimento.Sugere-se
evitar parte do que vem por aí, esquecer o discurso
do “no meu tempo” e procurar nomes frescos. Estes
Tygers Of Pan Tang têm estado bastante activos nos
anos recentes, tendo mesmo vindo a Portugal em
ES,EVHQIXEPJIWXHI1ERKYEPHI4EVEELMWXɸ-
VMESGSPIGXMZSHIM\SYYQXIQEm0SZI4SXMSR2{|I
um guitarrista, John Sykes, que partiu do grupo mal
o single escalou nas tabelas de vendas. A partir daí
o percurso tem sido errante, e das origens, apenas
se mantém Robb Weir. Com «Ritual», tem-se um
HMWGSXɩSMRXIVIWWERXIUYERXSɸFZMSUYIGIVXEQIRXI
EKVEHEVɧESWWEYHSWMWXEWSYERIɸƤXSWUYIEMRHE
RɩSEQEHYVIGIVEQSWYƤGMIRXITEVEƤPXVEVEWGSMWEW
4VSƤWWMSREPFIQI\IGYXEHSGSQXIQEWHIUYEPMHEHI
média, mas que soam sempre requentados, lá servirá
TEVENYWXMƤGEVQEMWYQEWHEXEWREIWXVEHE [6] E.F.

WORM
«Gloomlord»
[Iron Bonehead]
A abrir o ano, os Worm
lançam «Gloomlord», o seu
segundo full length. Já com
o lançamento anterior «Evo-
cation Of The Black Marsh»
se destacaram de boa parte doscompanheirosda
label, mantendo a veia ritualista/primitiva de boa parte
das bandas de “culto” desta mas acrescentando-lhe
um travo diferente, ao juntarem a uma melodia já de
si vagarosa com teclados, o que acaba por agravar
a sensação abismal. Apesar de ser um álbum algo
QSRɸXSRSGSQEPKYQEWTEVXIWEVSɭEVIQYQTSYGS
o doom, não é de todo aborrecido: do death ao black
metal vale tudo, sempre com um equilíbrio que por
vezes não é fácil encontrar, ainda para mais quando
se põem a brincar aos solos sem que estes sejam ou
YQIPSKMSESIKSIUYIWITVSPSRKYIQMRƤRMXEQIRXI
no tempo – não! Estão bem colocados e são uma
maravilha para os ouvidos. E mais, um reverb que não
GEQYƥETVIKSWIVMXQSWTIVHMHSWQEWWMQEGVIWGIRXE
uma boa dose de “macabro” à coisa, elevando o disco
um pouco mais do nível alto em que já estava. [8] M.L.

«Hearts Of No Light» e a chave para abrir novos
horizontes a um projecto que merece outro tipo
HII\TSWMɭɩS [8] R.A.

STONED JESUS
«From The Outer Space»
[Napalm]
De «Pilgrims» a «From The
Outer Space» passaram
menos de dois anos, tempo
em que o trio ucraniano foi
descoberto em Portugal. A questãoparao novo
disco é se os Stoned Jesus serão também desco-
FIVXSWRSVIWXSHE)YVSTE7IJSVTSVm-RWEXMEFPI
/MRK|WIVɧFIQQIVIGMHS8IQEKMKERXIIWXI
com um riff acima da média, vozes interessantes
II\TPSVERHSFIQEWZɧVMEWZIVXIRXIWWXSRIV
ao contrário de «The Sweet Whore Of Babylon»,
instrumental que arranca com o disco e soa
mais como uma longa intro. A partir de «Eastern
Magic», reina um pouco a ideia de quanto mais
comprido melhor, opção que por vezes já cansa
entre os álbuns de stoner. «Occult» é porventura
EJEM\EQEMWsabbathiana, embora seja em «Black
;SSHW|UYIEZS^HI-LSV7]HSVIROSIGSEGSQS
a de Ozzy Osbourne, valendo ambas apenas pela
GYVMSWMHEHI2SƤREPYQHMWGSUYIGSRXMRYEE
RɩSNYWXMƤGEVXSHSShype nacional à volta do trio,
que se calhar é mais devido à inegável simpatia e
GEVMWQEHSWQɽWMGSW [6] E.F.

«Alive & Dead At Södra


Teatern»
?')2896=1)(-%A

TRIBULATION


À


primeira vista pode parecer estranho que uma banda tão jo-
ZIQGSQSSW8VMFYPEXMSRNɧIWXINEEPERɭEVYQɧPFYQESZMZS
QEWEZIVHEHIɯUYISTVSNIGXSNɧGSRXEGSQQEMWHIHɯGEHEIQIMEHII\MWXɰRGMEIHYVERXI
IWWIXIQTSGSRWIKYMYXVERWJSVQEVWIRYQEHEWQEMWMRXIVIWWERXIWTVSTSWXEWHSRSZSQIXEPWYI-
GS7EɳHSWHEQIWQEŰGIREűUYIHIYESQYRHSSWXVMWXIQIRXIHIWETEVIGMHSW-R7SPMXYHISWQɽWMGSW
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HMWGSWYQEZMWMXEKYMEHEESIWTɸPMSHIYQEHEWFERHEWQEMWMRXIVIWWERXIWHEHɯGEHE[8] J.M.R.
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