13 Coisas que as Pessoas Mentalmente fortes não fazem - Amy Morin - 151 Págs

(EROCHA) #1

C A P Í T U L O 1 0


NÃO DESISTEM DEPOIS DO


PRIMEIRO FRACASSO


O fracasso é parte do processo de sucesso. As pessoas que evitam o fracasso também evitam
o sucesso.


  • ROBERT T. KIYOSAKI


Susan foi me procurar porque sentia que sua vida não era gratificante como deveria ser.
Tinha um casamento feliz e uma linda filha de 2 anos. Era recepcionista em uma escola local e
a família estava financeiramente bem. Susan disse que, na verdade, se sentia um pouco egoís-
ta por não estar mais feliz, apesar de saber que tinha uma vida boa.
Durante as primeiras sessões de terapia, ela revelou que sempre quis ser professora. De-
pois do ensino médio, foi para a faculdade. Embora a universidade que frequentava não ficasse
tão longe, Susan sentia uma saudade imensa de casa. Sofria com sua timidez e tinha dificulda-
de de fazer novos amigos. Achou que as aulas eram difíceis e exigentes demais. Assim, no
meio do primeiro semestre, ela abandonou a faculdade.
Logo depois de voltar para casa, conseguiu o emprego de recepcionista na escola e lá fi-
cou desde então. Não era o trabalho de seus sonhos, mas pensou que era o mais próximo que
chegaria de se tornar professora. Porém, conversando com ela, ficava claro que ainda tinha
esse desejo. Apenas faltava a confiança necessária para isso.
Quando toquei pela primeira vez no assunto de voltar à faculdade, ela insistiu que já esta-
va muito velha. Mas mudou de ideia quando lhe mostrei uma manchete recente sobre uma mu-
lher que obtivera seu diploma do ensino médio com 94 anos. Passamos as semanas seguintes
conversando sobre o que a impedia de estudar pedagogia. Ela disse que isso de faculdade
simplesmente não era para ela. Afinal de contas, fracassara da primeira vez e tinha certeza de
que não seria inteligente o bastante para passar nas matérias depois de ter ficado tanto tempo
longe dos estudos.
Nas outras semanas, discutimos suas crenças sobre fracasso e se era verdadeiro que, se
falhara antes, falharia de novo. Descobrimos um padrão óbvio em sua vida – sempre que não
era bem-sucedida na primeira tentativa, ela desistia. Quando não conseguiu entrar no time de
basquete do colégio, desistiu dos esportes. Quando ganhou de volta os sete quilos que perdera
com a dieta, parou de tentar emagrecer. A lista continuava e ela descobriu quanto suas crenças
sobre o fracasso influenciavam suas escolhas.
Enquanto isso, encorajei-a na procura por faculdades, porque o ensino mudara muito nos
últimos quinze anos. Para sua satisfação, ela descobriu que havia muitas alternativas, e não
precisaria estudar em tempo integral. Semanas depois se inscreveu em algumas matérias on-
line. Ficou entusiasmada de pensar que as aulas não exigiriam muito tempo longe da família e
ela poderia estudar em tempo parcial.
Logo depois de iniciar as aulas, Susan me contou que acreditava ter descoberto o que lhe
faltava.
Trabalhar por uma nova meta profissional parecia ser o desafio que faltava para se sentir
realizada. Terminou a terapia logo depois, com uma nova esperança sobre o futuro e um novo
modo de enxergar o fracasso.

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