13 Coisas que as Pessoas Mentalmente fortes não fazem - Amy Morin - 151 Págs

(EROCHA) #1

C A P Í T U L O 2


NÃO ABREM MÃO DE SEU PODER


Quando odiamos nossos inimigos, estamos dando a eles poder sobre nós: poder sobre nosso
sono, nossos apetites, nossa pressão sanguínea, nossa saúde e nossa felicidade.


  • DALE CARNEGIE


Lauren estava convencida de que sua sogra dominadora e intrometida ia arruinar seu ca-
samento, se não acabasse com sua vida. Embora achasse que a sogra, Jackie, tinha sido irri-
tante no passado, foi apenas quando teve suas duas filhas que passou a considerar a sogra in-
suportável.
Todas as semanas, Jackie aparecia na casa de Lauren sem avisar e permanecia por vá-
rias horas. Lauren achava que as visitas roubavam seu tempo com a família, já que tinha pou-
co tempo com as meninas – da hora que chegava do trabalho até a hora em que elas iam pa-
ra a cama.
Mas o que de fato a incomodava era o modo como Jackie sempre tentava diminuir sua
autoridade perante as crianças. Com frequência, dizia a elas coisas como: “Sabe, assistir a
um pouco de televisão não vai fazer mal. Não sei por que sua mãe sempre diz que não podem
ver TV”, ou “Eu deixaria você comer uma sobremesa, mas sua mãe está convencida de que
açúcar faz mal à saúde”. Por vezes, dava sermões a Lauren sobre seu “jeito moderninho de
educar as crianças”, e a lembrava de que havia permitido que seus filhos assistissem à TV e
comessem doces, e eles pareciam ter crescido muito bem.
Lauren sempre respondia aos comentários da sogra com um aceno de cabeça educado
e um sorriso, mas estava fervendo por dentro. Ficava ressentida com Jackie e muitas vezes
descontava a raiva no marido. Mas sempre que se queixava com ele sobre a sogra, ele dizia
algo como “Bom, você sabe como ela é”, ou “Ignore os comentários dela. Ela só quer ajudar”.
Lauren encontrava algum conforto queixando-se com seus amigos, que se referiam a Jackie
como “a sogra monstro”.
Mas uma semana tudo pareceu atingir níveis extremos quando Jackie sugeriu que Lau-
ren começasse a se exercitar mais porque parecia ter ganhado um pouco de peso. Aquele
comentário foi a gota d’água. Lauren saiu de casa batendo a porta e passou a noite na casa
da irmã. No dia seguinte, ainda não se sentia pronta para voltar para casa. Tinha receio de
ainda ter que ouvir um sermão da sogra dizendo que ela não deveria ter saído daquele jeito.
Foi nesse momento que soube que tinha que procurar ajuda para seu casamento, ou ele esta-
ria em risco.
Inicialmente Lauren procurou ajuda para aprender técnicas de gerenciamento da raiva
que pudessem ajudá-la a reagir de forma menos agressiva aos comentários da sogra. No en-
tanto, depois de poucas sessões de terapia, ela percebeu que precisava encontrar maneiras
de ser mais proativa e evitar problemas, e não apenas ser menos reativa às provocações de
Jackie.
Pedi a Lauren que fizesse um gráfico mostrando quanto tempo e energia costumava de-
dicar a cada área de sua vida – trabalho, sono, lazer, família e tempo com a sogra. Depois pe-
di que fizesse um segundo gráfico representando quantas horas gastava fisicamente desem-
penhando cada atividade.

Free download pdf