- Quando soube do fato, expedi telex ao II Ex determinando apuração rigorosa dos acontecimentos,
particularmente, da atitude dos encarregados da vigilãncia de presõs, através de IPM.
- Pouco depois, fui chamado pelo Presidente da República que de cidiu antecipar a movimentação do
Gen D'AVILA MELLO, a qual já vinha sendo cogitada em face de estar no Comando há 2 anos
(assumiu a 7 Jan 74) e de estar sobrecarregado com os acontecimentos anteriores. Determinou-me
então, que fizesse o decreto. As 16 hs o PR assinou a movimentação que foi dada a público.
Aliãs,no mesmo dia, assinou outro ato de movimentação do Gen Montagna.
- Isto, entretanto, de maneira nenhuma justifica a interpretação maliciosa e deturpada que setores da
subversão, políticos, im prensa e sindicatos querem dar a um ato de serviço.
- Não concordo, sob qualquer pretexto, que se atinja a dignidade do Gen D'AVILA MELLO através
de notas em jornais que o apresentam como inábil e outras coisas.
- Sobre isto, chamei ontem o Ministro da Justiça - ARMANDO FAL CÃO - e disse-lhe que cabia a
tomada de medida urgente e enár gica para coibir o abuso da Imprensa, pois a continuação de
publicação de tais notas atingia a honorabilidade do Exército, através de um de seus Oficiais-
Generais, e comprometia a Segurança Nacional. O Ministro procurou o PR e levou ao mesmo
minha repulsa e pedido de providências. Estas foram deter minadas e resultaram em diretas e
enérgicas ligaçées do Minis tro Falcão e diretores de jornais. Estes disseram ao Min Falcão.que há
noticias que são inseridas à ultima hora, burlando a ordem dos diretores.
- Aliãs, já teve inicio a tentativa subversiva de alcançar posi ções vantajosas, perante a Nação,
através do Sindicato dos Me talúrgicos. Ontem recebi telegrama do Presidente dessa Asso-
ciação classista que quero dar conhecimento aos Senhores:
(MANDAR LER OU DISTRIBUIR COPIA)
- Idêntico telegrama foi enviado ao Presidente da República e ao Ministro da Justiça e foi publicado,
na integra, em O ESTA DO DE SÃO PAULO de ontem.
- Verifica-se, assim, que os setores da esquerda pretendem explorar o caso em proveito de suas
posições, lançando a opi nião pública contra o Exército e a Revolução.
- QUERO OUVIR, AGORA, A OPINIÃO DOS SENHORES E SUAS SUGESTÕES SOBRE O
TELEGRAMA.
- O texto não me permite agir no sentido de processar o Pres do Sindicato. Considero-o, porém,
muito grave, pois revela a in tenção de pressionar o Ministro do Exército a tomar providências -
aliás já por mim tomadas - e de dar a impressão de que foram tomadas em conseqüência da ação