urante a semana de agosto dedicada às comemorações do Exército, recebi do presidente do
Congresso Nacional, senador Magalhães Pinto, um convite para comparecer à sede do Poder
Legislativo a fim de receber uma homenagem que a Câmara e o Senado reunidos desejavam prestar
ao ínclito marechal do Exército Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias e patrono do Exército
Brasileiro.
Entrei imediatamente em ligação com o presidente do Senado para agradecer a distinção do
Congresso e, também, para dizer-lhe da impossibilidade de estar presente, naquela semana, à
honrosa manifestação de apreço com que nos distinguiram ilustres senadores e deputados. Uma
agenda repleta de compromissos já assentados, em planejamento difícil de alterar, forçava-me, com
bastante desagrado, a esta decisão.
Usando da cortesia que lhe é peculiar, acenou-me o senador Magalhães Pinto com a transferência
da reunião para outra data que ficaria a critério do ministro. O que o Congresso desejava era
homenagear o Duque de Caxias, a escolha do dia seria de menor importância.
Ficou então ajustado o dia 2 de setembro, na Semana da Pátria, para o comparecimento ao
Congresso. Homenagear-se-ia o patrono do Exército no período em que toda a Nação Brasileira
estivesse empenhada nos festejos de nossa Independência. Que momento mais propício poderiam
escolher para os representantes do povo enaltecerem o homem que preservou, por suas excelsas
virtudes, a unidade da Pátria?
No dia 2 de setembro dirigi-me ao Congresso, acompanhado de 50 generais. Compareceram
também à cerimônia dez ministros de Estado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, o
governador do Distrito Federal, o arcebispo de Brasília e autoridades de vários setores
administrativos.
Depois de compor a Mesa, o senador Magalhães Pinto, à guisa de preâmbulo, relembrou que o
"Duque de Caxias, senador, ministro de Estado e presidente do Conselho de Ministros do Império,
foi um patriota a serviço do Brasil e um cidadão a serviço da paz entre seus concidadãos e no
convívio com os nossos irmãos vizinhos".
Esqueceu-se o ilustre presidente do Congresso - absorvido pelo sentido cívico-político da
homenagem - de realçar que Luiz Alves de Lima e Silva foi o único DUQUE na nobiliarquia