brasileira; comandante-em-chefe das forças militares do Império na Guerra do Paraguai; autor da
mais bela concepção estratégica da História Militar Brasileira - a manobra de Santo Antônio - e que,
após ter vivido glórias de príncipe, morreria no sítio do Desengano - nome adequado a seu estado de
espírito - amargurado com as injustiças e perseguições humanas. Poderia ter ressaltado que, assim,
na solidão de um solar colonial, findara-se o baluarte da unidade nacional, o sustentáculo do
Império, assistido apenas por sete pessoas amigas.
As duas brilhantes orações que se seguiram focalizaram o pacificador de ângulos diferentes,
porém sob conceitos precisos e justos. O senador Benjamim Farah viu-o na vida pública e o
deputado Marcelo Linhares nele personificou as Forças Armadas, dando ênfase à importância destas
na integração nacional e na "garantia dos poderes constituídos, da lei e da ordem".
O Ministro do Exército, por motivos de ordem regimental, deixou de ler, na ocasião, o
agradecimento aos membros do Congresso pela emocionante manifestação de respeito à memória do
Duque de Caxias. Todavia, remeteu-o ao presidente do Congresso, visando à divulgação e ao
conhecimento dos parlamentares.
Encerrada a primeira parte da cerimônia, palestrei longamente com os congressistas presentes,
dominando, como era natural, um ambiente de absolutas franqueza e cordialidade nas apreciações e
conceitos emitidos sobre assuntos vários.
Conversava com o senador Agenor Maria, de quem me considero amigo, num grupo do qual
faziam parte os senadores Magalhães Pinto e Marcos Freire, este representante do estado de
Pernambuco, quando aquele senador aludiu à próxima passagem de Comando do IV Exército, em
Recife. Declarou-me desejar assisti-la e indagou se havia restrições quanto a isso.
Respondi-lhe que o ato militar seria público, não existindo, portanto, qualquer obstáculo à sua
presença.
Justificou o senador a pergunta, esclarecendo que julgava ser necessário um convite para
credenciá-lo à entrada no local.
- Então, o senhor está convidado, por mim, senador, para assistir à transmissão de Comando do
IV Exército, no dia 9, em Recife.
Esta foi a minha resposta, à qual acrescentei:
- O senhor é um senador da República, por que não poderá comparecer a um ato militar público?
Reitero-lhe o convite.
O senador Agenor Maria, homem de firmes convicções democráticas, a quem, repito, muito
estimo, voltando-se para o lado em que se encontrava o senador Marcos Freire indagou, hesitante:
- E o Marcos pode ir comigo?