mês de setembro reúne três grandes datas da gloriosa Nação chilena. A maior delas é a de
sua independência, iniciada com a declaração de 18 de setembro de 1810, por Toro y Zambiano, sob
aclamações populares e ao som da Marselhesa - a inesquecível canção da liberdade - e consolidada,
quase oito anos depois, nas planuras de Maipú, com a vitória das armas argentino-chilenas sobre os
espanhóis.
As duas outras, também magnas datas, são o Dia das Graças do Exército e o Aniversário da
Revolução Democrática, festejados a 19 e 11 respectivamente. Na primeira delas homenageia-se o
brioso exército daquele país andino, lídimo herdeiro da bravura e índole aguerrida dos indomáveis
araucânios, que pelo espírito de luta e amor à liberdade contiveram, por séculos, fora de seus
domínios os conquistadores castelhanos.
O aniversário do movimento revolucionário de 1973 é glorificado em canções populares e
manifestações de júbilo pelos chilenos livres, desde a cálida região do Atacama às margens frias do
estreito de Magalhães. A importância dessa data, como a nossa de 31 de março, não se restringe
apenas ao Chile, mas a toda a América, pela decisiva influência que teve na contenção do
expansionismo marxista.
O Presidente da República, em 8 de setembro, honrou-me com a nomeação para chefe da
delegação brasileira que iria representar o nosso país nas comemorações da independência do Chile.
Partimos de Brasília, eu, três oficiais e o inteligente e culto secretário do Itamaraty Luiz Brum de
Almeida e Souza, num HS da nossa Força Aérea.
Tocamos em Assunção, onde tive a oportunidade de rever o Ministro da Defesa do Paraguai,
vários generais e os membros da nossa Missão Militar que compareceram ao aeroporto para
prestigiar a delegação brasileira, fato que muito nos sensibilizou.
A transposição dos Andes é um espetáculo único! Ali se extasia o homem ante as portentosas
montanhas e a beleza do cenário.
No aeroporto de Santiago, aguardavam a nossa delegação o Ministro da Defesa daquele país,
general-de-divisão Herman Brady Riche, e autoridades militares. À disposição do chefe da
delegação brasileira ficou o general-de-brigada Pedro Erwing Hodar, de destacada atuação na