mapas, sendo trabalho fatigante conseguir interpretá-las, em face de suas discordâncias constantes.
Com o objetivo de mostrar as estapafúrdias disparidades desse confronto, basta relatar que os
dados remetidos pelas Regiões Militares jamais foram iguais à soma dos enviados pelas unidades
que lhes eram subordinadas, nem os mapas locais daquelas coincidiam com os dos órgãos
provedores.
Como poderia eu planejar a aquisição do material e definir a prioridade dessa obtenção se
desconhecida a existência precisa de cada artigo?
O general Fritz, Chefe do Estado-Maior do Exército, ficou preocupadíssimo com as dúvidas e
divergências afloradas nos trabalhos. As falhas não poderiam ser atribuídas à negligência ou a
equívocos na manipulação dos mapas, sendo de admitir ocorressem por circunstâncias peculiares ao
nosso Exército. Realmente, organizações militares, salpicadas por todo o país, muitas em locais de
precárias comunicações, dificultavam o controle dos dados remetidos.
Entretanto, a causa principal desta balbúrdia situava-se no ultrapassado processo de arrolamento
usado.
Nesse labirinto só existia uma saída - a da mudança do processo de colheita de dados para um
sistema moderno, eficiente e rápido.
O Centro de Processamento de Dados do Exército, em vias de organização, solucionaria o
problema.
Outra providência de caráter prioritário, cuja realização, quer pelo interesse técnico quer pelas
repercussões econômicas, reclamava urgência, era a criação de um órgão que incentivasse e
controlasse a produção bélica no Brasil.
Já tendo abordado este assunto permito-me, contudo, em vista de sua importância, a apreciá-lo,
ainda, em ligeira síntese.
Das vantagens que nos traria essa indústria - passado o período difícil da transição do setor
militar para o civil - disse-o, publicamente, no dia em que foi criada a Indústria de Material Bélico.
Hoje, as exportações de armamento e a sua fabricação no Brasil mostram o acerto da medida
tomada em 15 de julho de 1975.
A marcha para a consolidação da Imbel, todavia, foi feita através de terrenos escarpados,
somente vencidos pela pertinácia dos idealistas. As restrições iniciais contiveram por seis meses a
aprovação de seus estatutos; a indicação de seu presidente - um general de elevado conceito moral e
profissional - demorou dois meses para atravessar, lentamente, o filtro das apreciações palacianas, e
a absorção das fábricas militares, selando definitivamente a independência da Imbel, aguardou 14
meses, na luta diária para vencer resistências criadas pela legislação vigente, sem que algo se fizesse