para atenuá-las. Finalmente, a 1° de junho de 1977, integraram-se as fábricas militares à Indústria de
Material Bélico.
O grande passo estava dado e o caminho a trilhar não dependeria mais de mim a partir de
outubro de 1977. Que a caminhada, em beneficio do Brasil, conduza à libertação econômica nesse
setor!
Já aludi aos três grandes empreendimentos,' no campo social, que constavam de meus planos ao
assumir o Ministério do Exército, todos eles pedidos com insistência pelos meus comandados.
Um deles, o Colégio Militar para Brasília, cidade onde se localizaram grandes efetivos das
Forças Armadas, transformara-se numa quase obsessão dos militares. Referi-me à questão, de modo
genérico, no início deste livro; desejo agora tratá-la em minúcias. Como foi dito, encontrava-me em
delicada posição - o governador do Distrito Federal declarava-se sem condições para cumprir um
convênio, assinado pelo seu antecessor, que o responsabilizava pela construção daquele
educandário. Os trabalhos de engenharia resumiram-se em um serviço de terraplenagem e algumas
escavações com um ou dois incipientes alicerces. Praticamente nada tinha sido feito, além do
aplainar do terreno. Por outro lado, a ansiedade pela edificação do colégio persistia.
Acresce, ainda, que o governo não proporcionaria, como não proporcionou, verbas para esta
realização.
Decidi, então, com os recursos do próprio Fundo do Exército, encetar a construção do Colégio
Militar, sob a integral responsabilidade do Exército. As obras estavam programadas para três fases.
Dei ordem ao Chefe do Departamento de Engenharia e Comunicações para iniciar a construção da
primeira fase, constante do pavilhão de administração e de um pavilhão de aulas, afora outras
dependências.
Vali-me, para isto, dos recursos obtidos pela Comissão Executiva de Alienação de Imóveis
(Ceai); no entanto, estas possibilidades financeiras eram parcas, não obstante o dinamismo e a
dedicação com que o general-de-divisão Ênio Pinheiro dos Santos dirigia aquela Comissão.
Pretendi, a esta altura dos acontecimentos, buscar apoio nos meus colegas, os ministros militares,
visto que o Colégio Militar recebia, em igualdade de condições, os filhos dos militares de qualquer
Força.
Não fui feliz nesta tentativa, porque nenhum dos meus dois ilustres colegas deu sequer atenção ao
meu pedido de uma cooperação financeira.
Procurei, em conseqüência, conversar com o Ministro da Educação, militar integrado na política,
que talvez entendesse as vantagens para o seu setor ministerial da implantação em Brasília de um
educandário daquele porte e tradição. Convidei-o e a outras autoridades da área econômica federal
para um almoço no Ministério do Exército; então, valendo-me da oportunidade, fiz-lhes uma