Entretanto, a despeito de tudo, as obras do Colégio Militar prosseguiam.
O Alto Comando do Exército, naquele ano de 1976, teve mais de metade de seus membros
substituídos, decorrência natural de promoções e agregações. Todos os comandantes de áreas, com
exceção dos do II Exército e do Comando Militar do Planalto, foram movimentados. Compareci, em
conseqüência destas modificações, às sedes dos Comandos dos I, III e IV Exércitos e do Comando
Militar da Amazônia para presidir as respectivas transmissões de comando. Dois departamentos,
pelos mesmos motivos, tiveram seus chefes substituídos.
Prossegui em minhas visitas de inspeção às Organizações Militares. Logo em março estive no
Hospital Central do Exército, onde confirmei o meu juízo de que aquele nosocômio já estava
ultrapassado, não somente pelo seu condenado sistema pavilhonar como pelo desgaste de suas
instalações. Impunha-se, de qualquer maneira, encontrássemos recursos para construir no Exército
uma unidade hospitalar de primeira ordem, bem equipada, situada em local adequado, que atendesse
às aspirações da comunidade militar e aos anseios do nosso serviço de saúde.
Realizei, em março e julho, duas viagens ao estado de Minas Gerais e revi, com prazer, as
unidades ali aquarteladas.
A 4a Região Militar, que permaneceu em juiz de Fora, e a 4á Divisão de Exército, cuja sede fora
transferida para Belo Horizonte, viviam em ambiente de intenso trabalho de absoluto interesse
profissional. Suas instalações, como as de todas as guarnições, careciam de recursos para restaurá-
las ou ampliá-las, de acordo com exigências da vida castrense. Nunca lhes neguei meios para atender
a esta finalidade, no que fiz muito bem.
O nosso Plano de Organização do Exército previa a criação de brigadas e grupamentos de tropa
em certos pontos do nosso território, visando a ocupar vazios existentes e a completar efetivos
estipulados para determinadas áreas. A Amazônia mereceu do Plano uma relativa prioridade nessa
previsão.
O Estado-Maior do Exército julgou de interesse imediato, naquela época, fossem ativadas a 23á
Brigada de Infantaria de Selva e o 30 Grupamento de Fronteira, com sedes respectivamente em
Santarém e Porto Velho. O Decreto de 9 de junho de 1976 criou estas duas Organizações Militares,
nos locais previstos; no entanto, por imperativos da situação, a sede de Comando da 23á Brigada de
Infantaria de Selva foi transferida, por outro decreto, em novembro do mesmo ano, para Marabá,
onde se encontra.