educacional e social."
(Esta justificativa consta da documentação remetida pelo presidente da Caixa Econômica, em 13
de abril de 1977, ao Ministro da Fazenda, visando à aprovação da compra.)
O Exército conseguia, enfim, vender seus terrenos de Copacabana considerados,
comprovadamente, inservíveis para fins militares. Seu preço real era muito maior - foi avaliado, de
início, em 2 bilhões e 400 milhões de cruzeiros -, mas com a mudança do governo estadual, mudaram
também as posturas municipais para reduzi-lo a menos de um terço daquele valor. Na outra
extremidade da mesma avenida Atlântica, o sentido dessas alterações foi o oposto - beneficiaram
largamente, porém, não ao Exército. Há, ali, um edifício - Dra. Regine Feigl - que gozou de
concessões inexplicáveis, em face dos rigorismos estadual e municipal. Os poeirentos arquivos
contam bem a sua história, a qual não estiveram alheios grandes homens da República.
Não se pense, todavia, que houve tolerância ou boa vontade dos órgãos do Estado na
comprovação de posse dos nossos terrenos - o que jamais pediríamos ou desejaríamos. Exigências
descabidas como a de sanar divergências entre nomes de ruas, separadas no tempo por mais de 60
anos, e a de explicar a diferença nas dimensões tomadas em 1913, em aclives, que não coincidiam
logicamente com as respectivas e atuais reduzidas, evidenciavam o propósito de retardar a solução
do problema. Muitas outras, mesquinhas e arbitrárias, levaram o meu representante da CEAI a
perguntar por que não se procedia da mesma maneira com o edifício do Leme, onde severas
restrições, ao sopro de ventos da conveniência, caíam como frutos maduros.
Reforçado o Fundo do Exército com uma quantia cuja previsão oficial situava - com juros e
correção monetária - próximo de um bilhão de cruzeiros, ampliaramse as minhas possibilidades de
administração.
Os ótimos resultados da alienação de imóveis já haviam permitido fosse aberta concorrência
pública para construção integral do Colégio Militar de Brasília, nas três fases anteriormente
projetadas. Segui de perto o evoluir das negociações com a firma vencedora e, pessoalmente, em
fevereiro, debati com seus responsáveis, ajudado pela argumentação técnica dos generais do
Departamento de Engenharia e Comunicações, a redução de algumas despesas e o melhoramento e
ampliação de certas dependências. Tudo assentado, ficou assegurada a construção do Colégio.
Em setembro, novamente inspecionei as obras; subiam os pavilhões em muito bom ritmo. Em
conseqüência foram tomadas providências para que o educandário, embora em regime de efetivo
reduzido, funcionasse a partir de março de 1978. Dois blocos de apartamento, um dos quais já em
construção, supririam as necessidades domiciliares, e a verba para equipar as instalações estava
garantida.
A urbanização da área circundante, consoante cláusula imposta, quando da denúncia do antigo
convênio, cabia ao governo do Distrito Federal; por conseguinte, não mais constituía objeto de
preocupação.