Hoje, quando a imprensa, em especial a alternativa, não poupa injúrias aos militares nem mitiga
a virulência de seus ultrajes, quando a impudência campeia abertamente; quando a moralidade
pública é atordoada por escândalos, se não diários, certamente semanais, e, afinal, quando o
desequilíbrio econômico emagrece o povo e engorda privilegiados, começo a admitir que naquele
dia 12 de outubro de 1977 talvez estivessem em jogo os destinos da Pátria, como bem considerou o
meu amigo general Rocca Dieguez, ao apresentar-se fardado para cumprir missão e responder a uma
advertência, que lhe fiz, sobre o seu sacrifício:
-... são os destinos do Brasil que se jogam nesta insensata cartada presidencial...Nesta hipótese, os generais do Alto Comando que fugiram à convocação estavam CONTRA a
Pátria e não como pensava o general Argus Lima.
Cabe, agora, uma pergunta ao general Argus - militar capaz, honesto e sincero revolucionário -
que, no dia 27 de junho de 1977, às altas horas da noite, telefonoume de Recife, sede de seu
Comando, para protestar contra os discursos dos políticos do MDB, em particular o de Alencar
Furtado, dizendo-se perplexo e indignado, como seus oficiais, pelos insultos ao Exército:
-A que intensidades chegaram as perplexidades e indignação - dele e de seus oficiais - em face
do que ocorre na conjuntura hodierna, cujos esparsos salpicos de lodo citei nas apreciações acima?